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bem vindos ao meu blog -"Aquele que tem os meus mandamentose os guarda, esse é o que me ama; euo amarei e me manifestarei a ele... Sealguém me ama, guarda a minhaPalavra, e o meu Pai o amará e viremospara ele e faremos nele morada."João 14:21,23-Pr Antonio & familia

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O papa e seu vergonhoso tributo a Arafat

Pelo modo como os líderes mundiais reagiram à morte de Yasser Arafat, qualquer um poderia pensar que quem tinha morrido era a Madre Teresa. Kofi Annan, um homem cuja carreira diplomática tem sido dedicada a cultivar laços de amizade com os tiranos e a demonstrar desprezo por suas vítimas, declarou estar "profundamente comovido" com a morte de Arafat e ordenou que a bandeira das Nações Unidas fosse hasteada a meio-mastro. Isso não é de surpreender, visto que Annan é o mesmo homem que, em abril de 1994, desautorizou o general da ONU Romeo Dallaire e o proibiu de usar as tropas sob seu comando para desarmar os hutus e impedir que eles massacrassem 800.000 tutsis a golpes de facão [em Ruanda]. Kofi Annan é, sem dúvida, um dos homens mais corruptos e imorais atualmente vivos (ultimamente ele vinha tentando bloquear todos os esforços do Senado americano no sentido de investigar o desvio de verbas do programa Petróleo-por-Alimentos, que envolve a ONU e o Iraque). Seu mandato à frente da ONU expõe a farsa em que essa organização infelizmente se transformou.

Temos também o presidente da França, Jacques Chirac, que fez um pronunciamento de revirar o estômago sobre a morte do padrinho do terrorismo moderno – a quem dirigiu elogios após o anúncio de seu falecimento, qualificando-o como um homem de "coragem e convicção". Chirac disse que se sentia engasgado e mal podia falar. "Foi com profunda emoção que recebi a notícia da morte do presidente Yasser Arafat". É claro que fica a dúvida se o abalo emocional de Chirac se devia ao fato dele estar arrasado com a morte de Arafat ou se era por ter ordenado que as tropas francesas abrissem fogo contra civis inocentes na Costa do Marfim, depois de decidir unilateralmente, sem a aprovação da ONU, destruir a diminuta força aérea do país. Mas, afinal, os franceses foram aqueles que resolveram colaborar com Hitler, deportando seus judeus para campos de concentração, de modo que não se pode mesmo esperar muita decência desse lado.

É claro que os Estados Unidos continuam sendo embaraçados por Jimmy Carter, um homem que dedicou toda a sua carreira política à proteção de tiranos, desde Kim II Sung e Kim Jon II, na Coréia do Norte, até Fidel Castro, em Cuba. O profundamente humanitário Carter estendeu sua infinita afeição a Arafat, após o falecimento deste, dizendo que Arafat havia proporcionado a "indispensável liderança para um movimento revolucionário" e tinha sido "um extraordinário símbolo humano e um ferrenho defensor", que uniu os palestinos em sua luta por uma pátria nacional. Pouparei comentários sobre a tola declaração de Carter, dizendo apenas que sei que a maioria dos americanos decentes considera o infeliz Carter um bufão repelente e gostaria de esquecer que um dia ele foi seu presidente.

Já é hora do mundo reconhecer esses três homens desprezíveis – Kofi Annan, Jacques Chirac e Jimmy Carter – como os elementos que formam um "Eixo do Mal" ocidental – três líderes cujas longas carreiras têm sido dedicadas a justificar os atos de tiranos, apoiar ditadores, demonstrar desprezo por suas vítimas e, acima de tudo, alimentar um ódio irracional por Israel que, normalmente, seria chamado de anti-semitismo.

Porém, a mais dolorosa e vergonhosa de todas as reações à morte de Arafat, e a de origem mais inesperada, foram os comentários estarrecedores do papa João Paulo II, transmitidos por seu porta-voz, Joaquin Navarro-Valls: "Neste momento de profundo pesar pelo falecimento do presidente Yasser Arafat, Sua Santidade, o Papa João Paulo, sente-se particularmente próximo à família do falecido, às autoridades e ao povo palestino. Enquanto entrega a alma do falecido nas mãos do Todo-Poderoso e Misericordioso Deus, o Santo Padre roga ao Príncipe da Paz para que a estrela da harmonia possa vir a brilhar em breve sobre a Terra Santa [...]". Num segundo pronunciamento, Navarro-Valls disse, em nome do papa, que Arafat foi "um líder de grande carisma que amava seu povo e procurou guiá-lo rumo à independência nacional. Que Deus possa acolher em Sua misericórdia a alma do ilustre falecido e dar paz à Terra Santa [...]".

O fato do mais proeminente guia espiritual do mundo mostrar-se solidário à família de Arafat, ao invés de se solidarizar com os milhares de homens, mulheres e crianças que morreram como suas vítimas, é um assombroso sacrilégio. É algo totalmente desprezível que o mais influente líder religioso vivo possa descrever a morte de um tirano como um "momento de profundo pesar" e chame um homem que cometeu assassinatos em massa de uma alma "ilustre". O fato do [pretenso] Vigário de Cristo na terra afirmar que um homem que roubou milhões de sua nação empobrecida e desesperada "amava seu povo" é uma afronta a tudo o que Jesus representou, principalmente a sua dedicação aos oprimidos, aos pobres e aos perseguidos.

Ao fazer essas declarações deploráveis, o papa João Paulo II... infelizmente mostrou que está seguindo os passos pecaminosos de um de seus predecessores, o imoral Pio XII, um covarde colaborador dos nazistas que demonstrou uma indiferença quase insensível em relação ao valor da vida humana e nunca teve coragem de condenar o Holocausto nazista. Assim como João Paulo, que se encontrou com Arafat diversas vezes, Pio XII concedeu uma audiência secreta, em 1943, ao general Wolff, Comandante Supremo das SS, que tinha sido chefe de gabinete de Himmler e naquela época estava encarregado de todo o aparato de perseguição aos judeus e católicos na Itália ocupada. Com certeza, Pio XII sabia que estava fazendo uma coisa que os outros achariam escandalosa e imoral, pois a audiência foi concedida em segredo e Wolff chegou disfarçado. Anos mais tarde, Wolff declarou sobre aquela reunião: "Pelas palavras do papa, pude perceber que a afinidade que ele demonstrava era sincera e que ele amava muito o povo alemão".

Em 16 de outubro de 1943, o papa Pio XII ficou literalmente observando enquanto, a menos de 100 metros da janela de seu gabinete, os soldados das SS capturavam mais de mil judeus de Roma para levá-los a Auschwitz, onde a maioria morreu nas câmaras de gás alguns dias depois. João Paulo II agora está pensando em beatificar Pio XII, um ato que mancharia a igreja para sempre e seria um pecado contra a humanidade. Isso, por si só, já é bastante perturbador. Mas seguir o mesmo caminho de Pio XII, associando-se com assassinos é algo absolutamente repugnante. Admiro esse papa há muito tempo por sua devoção aos pobres do Terceiro Mundo. Mas por que ele, de repente, daria as costas a todos aqueles que foram feitos em pedaços pelos homens-bomba de Arafat ao longo de seus 40 anos de carreira? É irônico que apenas um líder mundial tenha demonstrado verdadeira integridade e coragem suficiente para condenar Arafat por seus atos. Esse homem não é sacerdote nem líder religioso – é o primeiro-ministro australiano John Howard, que atacou Arafat duramente, afirmando que ele era um homem que "a história julgaria com extremo rigor". Como é irônico que o papa tenha que aprender uma lição de integridade da Austrália. (rabino Shmuley Boteach, www.wnd.com - http://www.beth-shalom.com.br)

O rabino Shmuley Boteach tem um programa de rádio diário na Liberty Broadcasting Network e foi considerado um dos cem mais importantes radialistas dos Estados Unidos pela revista Talkers.

Publicado anteriormente na revista Notícias de Israel, dezembro de 2004.

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