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bem vindos ao meu blog -"Aquele que tem os meus mandamentose os guarda, esse é o que me ama; euo amarei e me manifestarei a ele... Sealguém me ama, guarda a minhaPalavra, e o meu Pai o amará e viremospara ele e faremos nele morada."João 14:21,23-Pr Antonio & familia

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A biblia e os fatos historicos do Irã

Muitos de nossos leitores já fizeram perguntas sobre o Irã e aquilo que deveríamos saber acerca dessa importante e estratégica nação em nosso mundo atual. A história antiga faz menção de um país chamado Elão. Lemos em Gênesis 14 que no tempo de Abraão (há cerca de 4.000 anos) houve uma confederação de nações liderada por Quedorlaomer, mencionado nas Escrituras como “rei de Elão”. Quedorlaomer atacou Sodoma e levou cativo a Ló, sobrinho de Abraão. Este, acompanhado de seus 318 homens mais capacitados, saiu ao encalço do rei de Elão e de seus aliados. Após derrotá-los, Abraão resgatou Ló.

O profeta Isaías (cf. Isaías 21.2) menciona o Elão e parece sugerir um relacionamento desse povo com a antiga Média (i.e., os medos). O profeta Jeremias também se refere ao Elão (cf. Jeremias 49.34-39), bem como faz alusão à sua futura destruição como nação. A data dessa profecia remonta aos dias de Zedequias, rei de Judá. Talvez essa profecia tenha sido predita na ocasião em que a Babilônia chegou ao apogeu de seu domínio e destruiu Jerusalém no ano 586 a.C. O fato bíblico interessante dessa profecia de Jeremias 49.39 é o seguinte: “Acontecerá, porém, nos últimos dias, que farei voltar os cativos de Elão, diz o Senhor” (Almeida Corrigida Fiel). É muito provável que essa seja uma referência ao futuro Dia do Senhor.

No século 7 a.C., um pequeno reino se estabeleceu em Parsu (ou Parsuash) sob o governo de Aquêmenes, cujo nome foi usado pelos historiadores para descrever a primeira dinastia persa, a dinastia Aquemênida. O filho de Aquêmenes foi um homem chamado Teispes (aprox. 675- 664 a.C.) e, ao que parece, seu reino foi dominado pelos medos. A história registra que, após obter a liberdade do domínio dos medos, Teispes, assumiu o controle da província de Parsa (a atual Fars), aproveitando-se do enfraquecimento do Elão. Os assírios, sob o reinado de Assurbanipal, puseram fim à nação do Elão.

O filho de Teispes foi Ciro I, o qual entrou em contato com os assírios na qualidade de líder dos persas. O filho de Ciro I foi Cambises, que se casou com a filha de Astíages, rei da Média. Dessa união conjugal nasceu Ciro II, conhecido na história como Ciro, o Grande (559- 530 a.C.), o primeiro grande imperador que dominou a antiga Pérsia. Ciro II também conquistou os medos e derrotou seu sogro, Astíages, transformando a capital da Média, Ecbátana, na capital de seu próprio império. Ciro também invadiu a Ásia Menor e derrotou a Creso, rei da Lídia. Além disso, ele capturou, sem muita resistência, a cidade de Babilônia em 539 a.C. (a data oficial da queda do Império Babilônico).

O filho de Ciro II foi Cambises II (529- 522 a.C.), aquele que conquistou o Egito. Cambises II foi sucedido por Dario I, conhecido tanto como Dario, o Grande (522- 486 a.C.), quanto como Dario Histaspes (seu pai era um dos sátrapas do império persa). Dario criou vinte satrapias (províncias) a fim de administrar com mais eficácia o crescente poderio do império persa. Dario I também mudou a capital de seu império da cidade de Pasárgada para Persépolis. Ele era um seguidor de Zoroastro e adorava a divindade Ahura Mazda (também venerada por Xerxes e Artaxerxes, mencionados na história bíblica). Esse Dario é o mesmo rei que aparece nas profecias bíblicas de Ageu e Zacarias. O projeto de construção do templo (do segundo templo judeu – N. do Tradutor) foi concluído pelos judeus em 516 a.C., durante o reinado dele.

Dario I foi sucedido por seu filho Xerxes (485- 465 a.C.). Uma inscrição descoberta em Persépolis alista as nações que ficaram submissas ao seu domínio. Além disso, trata-se do mesmo rei Assuero mencionado no livro bíblico de Ester. Depois do reinado de Xerxes, Artaxerxes Longimanus I subiu ao poder (465- 424 a.C.) e, no vigésimo ano de seu reinado, o decreto para restaurar os muros de Jerusalém foi entregue a Neemias (Neemias 2.1).


Em 1979, o Irã experimentou o que a história denomina de “Revolução Islâmica”. Os muçulmanos xiitas assumiram o controle do país e instauraram a lei sharia.

De acordo com o texto de Daniel 9.24-27, esse decreto para restaurar os muros foi o começo da “contagem regressiva” para a vinda do Messias – profecia conhecida como “as 70 semanas de Daniel”. Contudo, o termo hebraico “setes”, traduzido por “semanas”, não se refere a semanas de dias, mas a semanas de anos (i.e., conjuntos de “sete” anos). Um ano profético de 360 dias (segundo o calendário lunar), multiplicado por 483 anos, perfaz um total de 173.880 dias, desde o decreto de Artaxerxes Longimanus I até a vinda do Messias. Dois acontecimentos trágicos, mencionados por Daniel, ocorreriam antes do começo do septuagésimo “sete” (ou septuagésima semana): o primeiro é que o Messias seria “morto”; o segundo é que, tanto a cidade de Jerusalém quanto o seu santuário seriam destruídos. Nós ainda aguardamos o início do septuagésimo “sete” – reconhecido pelos estudiosos da Bíblia como o futuro Dia do Senhor (mencionado 25 vezes em toda a Bíblia) ou como o período da Tribulação (Mateus 24.21-22).

Após o reinado de Artaxerxes I Longímano, Dario II chegou ao poder (423- 405 a.C.). Os sucessores de Dario II foram os seguintes: Artaxerxes II Mnemon (404- 359 a.C.), Artaxerxes III Ochus (358- 338 a.C.), Arses (337- 336 a.C.) e Dario III (335- 331 a.C.), cujos exércitos foram derrotados por Alexandre, o Grande em 333 a.C. Com a morte de Alexandre em 323 a.C., a Pérsia ficou sob o controle de um dos generais de Alexandre (Selêuco). Segundo Daniel 11, haveria conflito incessante entre os selêucidas (a dinastia de Selêuco) e os ptolomeus (a dinastia de Ptolomeu, outro general de Alexandre a quem foi entregue o Egito) numa disputa pela Terra de Israel, um fato que é lembrado pelo Irã até os dias de hoje.

Estudiosos da Bíblia sabem bem que a Pérsia estará presente na batalha que será travada quando houver a invasão da Terra de Israel (cf. Ezequiel 38 39). Ao que parece, a Pérsia será o país que encabeçará aquele ataque (pelo menos, os persas são os primeiros mencionados na lista de nações).

Esse assombroso império da antiguidade continuou a ser conhecido pelo nome de Pérsia até 1935 d.C., quando seu nome foi mudado para Irã. Na atualidade, o idioma oficial do Irã é o persa moderno ou farsi, uma língua indo-européia escrita com caracteres árabes.

Em 1979, o Irã experimentou o que a história denomina de “Revolução Islâmica”. Os muçulmanos xiitas assumiram o controle do país e instauraram a lei sharia. Embora muitos árabes vivam em certas regiões do país, o Irã não é um estado árabe. A relação do Irã com os árabes e o apoio que deles recebe, fundamenta-se na religião islâmica que é comum a esses povos. Ao longo da história do Islã, houve muitas ocasiões em que o Irã demonstrou ser uma poderosa força de oposição aos muçulmanos da Arábia Saudita, os quais controlam os lugares sagrados de Meca e Medina. O Irã também enfrentou oito anos de guerra contra o Iraque, seu vizinho ocidental, na época em que o sunita iraquiano Saddam Hussein estava no poder. Muitos muçulmanos xiitas oriundos do Irã têm povoado territórios ao sul do Iraque e, atualmente, se constituem numa influente força dentro do parlamento iraquiano que foi eleito. O Irã, por tradição histórica, acredita que o território do Iraque lhe pertence, bem como reivindica direito de propriedade de muitos outros países do Oriente Médio (inclusive Israel). Os iranianos almejam a restauração da glória do primeiro império persa (um dos maiores impérios da história em termos geográficos).

Devia ser óbvio que o Irã (principalmente por causa do petróleo) seja, nos dias atuais, um dos mais importantes personagens no cenário político, econômico e militar deste mundo. Os iranianos são os principais fornecedores de armas para os terroristas islâmicos em todo o Oriente Médio. É possível que a maior parte de seu armamento provenha da Rússia, China e Coréia do Norte.

O Estado de Israel se depara com um sério desafio da parte dos líderes do Irã e suas constantes ameaças. O Senhor Deus de Israel tem ouvido todas elas e a profecia bíblica envolverá o Irã entre as nações do mundo que marcharão contra Israel. Tais nações serão derrotadas pelas mãos do Messias que voltará em glória, nosso bendito Senhor Yeshua! (Dr. David Hocking, Pre-Trib Perspectives - http://www.beth-shalom.com.br)

O Dr. David Hocking é fundador do Hope for Today Ministries [Ministério Esperança para Hoje], que produz programas de rádio, vídeos e publicações. Maiores infomações estão disponíveis em seu site: www.davidhocking.org.

Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, agosto de 2007.

Politicamente correto eternamente errado

Será que ser “politicamente correto” é uma mentira deliberada ou uma insanidade voluntária? Como se explica a mentira (que não tem nenhum exemplo para apoiá-la e centenas de exemplos para refutá-la) de que o islã é pacífico? Sem a violência pela qual começou, espalhou-se e agora se mantém, o islã seria uma seita obscura, não uma religião mundial.

O islã fez “convertidos” pela espada desde a França até a China. Com velocidade e ferocidade assombrosas, a espada islâmica – “mais rápida que a romana, mais duradoura que a mongol, na mais espantosa proeza da história militar”[1] – obrigou nações a se submeterem a Alá. Em números absolutos, os massacres foram maiores do que o Holocausto de Hitler. O historiador Will Durant chama a conquista islâmica da Índia de “provavelmente o período mais sangrento da História”.

Ainda assim, persiste a mentira politicamente correta de que o islã é pacífico. Após assassinar os atletas israelenses durante as Olimpíadas de Munique, a OLP foi convidada a participar das Olimpíadas! Durante décadas a Federação Internacional da Cruz Vermelha tem honrado o Crescente Vermelho do islã, mas se recusa a reconhecer o Magen David Adom Vermelho (Estrela de Davi Vermelha) de Israel. Por ter falado contra essa fraude, Bernardine Healy foi forçada a pedir demissão do cargo de presidente da Cruz Vermelha Americana.

Uma coisa é certa: mesmo que o “politicamente correto” possa enganar alguém por algum tempo, inevitavelmente trairá ainda nesta vida aqueles que o empregam – e seguramente trará o julgamento de Deus na eternidade que virá. No final, a verdade prevalecerá.

Elliot Cohen, da Escola de Estudos Avançados da Universidade Johns Hopkins, escreveu no Wall Street Journal: “uma hora gasta navegando na internet resultará... no mesmo entendimento a respeito do islã encontrado durante a II Guerra Mundial ao se ler Mein Kampf (Minha Luta, de Hitler) ou os escritos de Lenin, Stalin ou Mao. Ninguém gosta de pensar que uma religião mundial tem algo profundamente agressivo e perigoso dentro de si... mas os verdadeiros líderes precisam mostrar essas verdades mesmo que sejam desconfortáveis e não muito agradáveis”.

A Proclamação da Independência de Israel em 14 de maio de 1948 diz: “Estendemos a mão a todos os nossos países vizinhos e a seus povos numa oferta de paz... e apelamos a eles que estabeleçam laços de cooperação e ajuda mútua com o povo de Israel independente, estabelecido em sua própria terra... colocando nossa fé no Todo-Poderoso...”. Esse ramo de oliveira foi pisado pelo menos por cinco nações árabes que atacaram os colonizadores israelenses, ao mesmo tempo que Azzam Pasha, o secretário-geral da Liga Árabe, declarava: “esta será uma guerra de extermínio...”. O fato de que o extermínio de Israel é exigido pelo islã faz com que a paz real no Oriente Médio seja impossível – mas isso não é admitido porque deseja-se ser politicamente correto. Pela graça e pelas promessas de Deus, entretanto, Israel não foi e nem será exterminado.


Durante décadas a Federação Internacional da Cruz Vermelha tem honrado o Crescente Vermelho do islã, mas se recusa a reconhecer o Magen David Adom Vermelho (Estrela de Davi Vermelha) de Israel.



Para que houvesse “paz”, contudo, as nações árabes exigiram que Israel se retirasse para um território minúsculo e indefensável, que lhe tinha sido atribuído pelas Nações Unidas. Tratava-se de uma pequena fração da área que a Liga das Nações havia separado em 1922 para o lar nacional judaico. Se esse princípio fosse adotado universalmente, agressores jamais seriam prejudicados por atacarem seus vizinhos!

Na guerra de 1948-1949, a Jordânia capturou Jerusalém Oriental e a Margem Ocidental, enquanto o Egito tomou a Faixa de Gaza, pondo fim a mais de 3.000 anos de presença judaica na região. Os jordanianos e os egípcios destruiram sistematicamente todas as evidências da história judaica nesses locais, incluindo vilas e sinagogas, expulsaram todos os judeus e decretaram que a venda de terras a judeus era uma ofensa capital. “Territórios ocupados”? Sim, pelos árabes!

Essas áreas tornaram-se centros de ataques terroristas contra Israel. Muhammad Salah al-Din, o então ministro do Exterior do Egito, explicou: “O povo árabe... declara que não estaremos satisfeitos a não ser pelo extermínio final de Israel...” O presidente egípcio, Gamal Abdel Nasser, acrescentou: “Nós pedimos vingança, e a vingança será a morte de Israel”.

Incrivelmente, Israel continuou tentando se dar bem com seus inimigos, tendo esperanças de “paz”. Mais do que qualquer outra coisa no mundo, o sonho de paz no Oriente Médio produz o desejo ilusório, politicamente correto, de não “ofender” os agressores.

Israel tem pertinazmente perseguido a paz num caminho coberto pelos cacos da esperança traída. Em setembro de 1978, o Egito, Israel e os Estados Unidos assinaram os Acordos de Camp David, sob os quais Israel devolveu o Sinai ao Egito. De fato, mais de 90% da terra que Israel obteve em defesa própria contra um inimigo que jurou exterminá-lo foram devolvidos. Israel ofereceu devolver mais, inclusive um “Estado Palestino”, com a condição de que seu direito de existência fosse reconhecido – com o que os muçulmanos, conforme a lei islâmica, não podem concordar. No entanto, Israel tem sido culpado por falhar em promover a paz!

Em 26 de março de 1979, o Ocidente se regozijou quando o presidente Carter foi mediador de um “tratado de paz” entre Menahem Begin, de Israel, e Anuar Sadat, do Egito. Carter queria citar um versículo da Bíblia e um verso do Corão sobre a paz. Existem em torno de 400 versículos bíblicos que mencionam a paz, mas foi achado apenas um verso no Corão. Carter declarou: “Lemos no Corão: ‘Se eles [os inimigos] se inclinarem para a paz, inclina-te para ela também e confia em Deus [Alá]...' (Sura 8.61). Então, vamos desistir da guerra... Nós oramos a Deus... que estes sonhos se tornem realidade”.

O “sonho” do islamismo, contudo, não é o que Carter e Israel imaginaram. O verso diz “Alá”, não Deus – e Alá odeia os judeus! A Sura 8 é intitulada “Os Espólios” [de guerra]. O verso 65 diz: “” Profeta, exorta os crentes ao combate...”. Lemos no verso 67: “Não é digno de um Profeta fazer prisioneiros até que semeie a morte na terra”. A única paz oferecida é para os subjugados na jihad (guerra santa) que se rendem aos guerreiros islâmicos. “Paz” em árabe vem da palavra salam, que significa submissão – ao contrário da palavra hebraica shalom, que significa paz genuína entre amigos.


Abdelrahman Azzam Pasha ladeado pelo rei Abd al-Aziz al-Saud, da Arábia Saudita, e pelo rei Farouk, do Egito, em 1945.



Nenhum líder árabe tem autoridade para passar por cima da lei islâmica, assinando um acordo que permita aos judeus governarem qualquer território que o islã tenha possuído. Em 641 d.C. os islâmicos conquistaram a região que os romanos tinham renomeado como “Palestina” em 135 d.C. Eles não podem abrir mão dela, nem de qualquer outra terra que o islã tenha controlado, da França à China. E nem qualquer não-islâmico pode reinar sobre muçulmanos em qualquer lugar do mundo – o que inclui os Estados Unidos. Essa é uma doutrina central que todo muçulmano aprende nas mesquitas.

Dividindo o mundo inteiro em dar al–Islam (casa da paz) e dar al-Harb (casa da guerra), o islã exige a jihad incessante, até que o mundo todo se submeta a Alá. Ahmad Hasan az-Zayat, autoridade islâmica moderna, escreveu em Al-Azhar: “A Guerra Santa é... obrigação divina. A religião do muçulmano é o Corão e a espada...”.

De acordo com a sharia (lei islâmica) não pode haver paz real, mas apenas um cessar-fogo temporário, entre muçulmanos e não-muçulmanos. Esse fato pode ser verificado em vários textos, tais como War and Peace in the Law of Islam (“Guerra e Paz de Acordo com a Lei do Islã), escrito pelo professor Majid Khadduri, uma autoridade em lei islâmica. Como disse Alija Izetbegovic, líder islâmico na Bósnia: “Não pode haver paz ou coexistência entre a fé islâmica e as sociedades não-islâmicas...”. Assim é o islã! Mas os politicamente corretos não podem admitir essa desagradável realidade.

Mentir para promover o islã é considerado uma honra. Em 14 de outubro de 1988, Arafat condenou todas as formas de terrorismo e reconheceu Israel – no papel. A Conferência de Paz de Madri, em outubro de 1991, abriu o caminho para conversações secretas entre a OLP e Israel em Oslo (na Noruega). Em 13 de setembro de 1993 o então primeiro-ministro israelense Yitzak Rabin assinou a “Declaração de Princípios” em Oslo e Israel reconheceu Arafat e a OLP.

No Cairo, em 4 de maio de 1994, Arafat e Rabin assinaram o acordo de paz “Jericó Primeiro”, implementando [o que havia sido acertado em] Oslo. Exultante, Shimon Peres declarou através da “Voz de Israel”: “Hoje pusemos um fim ao conflito entre árabes e israelenses – a utopia está chegando!”. Ele tinha esquecido quão freqüentemente Arafat e outros líderes da OLP haviam pedido o fim de Israel. Por exemplo, Abu Iyad, representante de Arafat, tinha afirmado: “É nosso direito ter... um Estado palestino independente... como uma base a partir da qual iremos libertar Jaffa, Acco e toda a Palestina”.[2] Outro assessor [de Arafat] havia dito que “a luta com o inimigo sionista não é sobre as fronteiras de Israel, mas sobre a existência de Israel”.


Em 26 de março de 1979, o Ocidente se regozijou quando o presidente Carter foi mediador de um “tratado de paz” entre Menahem Begin, de Israel, e Anuar Sadat, do Egito.



Desculpando-se por Oslo, Arafat dizia às audiências islâmicas que estava seguindo o exemplo do profeta, aceitando um armistício temporário que levaria à destruição de Israel. O tratado de Hudaybiya, assinado por Maomé em 728 d.C. – um armistício de dez anos com a tribo Quraish de Meca – foi o precedente legal citado [por Arafat]. Dois anos mais tarde, usando um pretexto, Maomé tomou Meca e a Qaaba com um exército de 10.000 homens. Armistícios são consentidos apenas quando os islamitas estão muito enfraquecidos para a conquista.

O “processo de paz” foi uma artimanha islâmica de Arafat. [O acordo de] Oslo exigiu que ele tirasse da Carta da OLP a cláusula sobre a destruição de Israel. Quando anunciou que ela tinha sido removida, a viúva de Rabin proclamou com grande alegria: “O Conselho Nacional Palestino revogou as cláusulas da sua Carta que pediam a destruição de Israel!” O sucessor de Rabin, o primeiro-ministro Shimon Peres, salientou que “este foi o evento histórico mais importante no desenvolvimento da nossa região em cem anos”. Na realidade, era um embuste. A cláusula não tinha sido, nem foi, removida.

Arafat continuou a pedir publicamente a destruição de Israel. Tais invectivas foram gravadas num vídeo por Ben Gilman, presidente do Comitê de Relações Exteriores do Congresso [dos EUA], que ofereceu mostrá-lo à imprensa em 21 de setembro de 1995. Ninguém da imprensa se interessou! Ainda pior, o embaixador de Israel nos EUA, Itamar Rabinovich, pediu a Gilman que não mostrasse o vídeo,[3] pois poderia atrapalhar o “processo de paz!”


O ex-primeiro-ministro de Israel, Benjamim Netanyahu escreveu: “meu partido e eu estávamos virtualmente isolados em nossa denúncia de que Arafat não manteria sua palavra... nós fomos tidos como inimigos da paz... nosso argumento era que, se déssemos Gaza para Arafat, criaríamos um excelente refúgio para terroristas...”.4 É claro que ele estava certo.



Netanyahu escreveu: “meu partido e eu estávamos virtualmente isolados em nossa denúncia de que Arafat não manteria sua palavra... nós fomos tidos como inimigos da paz... nosso argumento era que, se déssemos Gaza para Arafat, criaríamos um excelente refúgio para terroristas...”.[4] É claro que ele estava certo.

O sermão da sexta-feira, no dia 14 de outubro de 2000 (mostrado ao vivo na TV), na mesquita Zayed bin Sultan Nahyan em Gaza, incluiu as seguinte afirmações: “Não tenham misericórdia dos judeus... matem-nos... e aqueles americanos que estabeleceram Israel aqui, no coração do mundo árabe”. Naquele mesmo dia, dois reservistas israelenses que entraram em Ramallah por engano, foram mortos e estraçalhados por uma multidão que os atacou aos gritos, perto do quartel-general de Arafat, provocando manifestações de júbilo quando o terrível ato foi mostrado ao vivo na TV palestina. No dia seguinte, o Dr. Ahmad Abu-Halabia, da Universidade Islâmica de Gaza, disse em entrevista à TV: “Os judeus... devem ser estraçalhados e mortos... Não tenham piedade... não importa onde estejam... devem ser mortos e também aqueles americanos que são como eles”. Será que precisamos dar mais exemplos?

Em 8 de junho de 2001 Arafat declarou outro “armistício”. Alguns dias mais tarde, o sheikh Ibrahim Mahdi declarou na TV palestina: “Se Alá quiser... Israel será apagado do mapa... E trará bençãos sobre aqueles que instigarem a jihad por Alá. Bençãos sobre aqueles que colocam um cinto de explosivos em si mesmos ou em seus filhos e detonam uma bomba no meio dos judeus”. Esse é o islã – e o Ocidente precisa estar ciente desses fatos!

Enquanto o “processo de paz” continua, palestinos assassinam e põem fogo nas casas de árabes suspeitos de colaborarem com Israel. Os terroristas islâmicos que matam judeus são honrados tendo ruas e feriados com os seus nomes [nos países árabes].

Esse engano alcançou proporções ainda mais elevadas com o “mapa do caminho”, que a Rússia, os EUA, a União Européia e as Nações Unidas quiseram impor a Israel e aos “palestinos”. [Nessa proposição,] o Quarteto “convoca Israel a dar passos concretos para apoiar o surgimento de um Estado Palestino... a ocupação israelense que começou em 1967 deve terminar...”. Para o estabelecimento do Estado palestino, o presidente Bush colocou como condição que o terrorismo fosse abandonado para sempre e que fosse estabelecida uma sociedade livre e democrática. Porém, “eleições palestinas” simuladas já enganaram o mundo antes.

Arafat nunca respeitou uma determinação de Oslo, Wye, etc. Por que seus sucessores iriam honrar algum acordo? Na tarde do dia histórico em que aconteceu o aperto de mão com Yitzak Rabin no gramado da Casa Branca, o nome de Arafat constava no alto de uma lista de “terroristas mundiais”.[5] Ele era um dos mais malignos assassinos da História. No entanto, ganhou o Prêmio Nobel da Paz, e Clinton e Gore o receberam na Casa Branca como um estadista mundial.

Os líderes palestinos fazem tudo em nome de Alá. Portanto, não importa quais acordos de “paz” assinam, tudo é feito tendo em mente a destruição de Israel (um Estado cuja existência nem mesmo é admitida em qualquer mapa árabe), conforme ordenado por Alá, através de Maomé. O mesmo vale para todos muçulmanos, da Chechênya à Califórnia!


O sheikh Ibrahim Mahdi declarou na TV palestina: “Se Alá quiser... Israel será apagado do mapa... E trará bençãos sobre aqueles que instigarem a jihad por Alá. Bençãos sobre aqueles que colocam um cinto de explosivos em si mesmos ou em seus filhos e detonam uma bomba no meio dos judeus”. Esse é o islã – e o Ocidente precisa estar ciente desses fatos!



Pouquíssimos líderes cristãos têm a coragem de falar a verdade, como fez Jerry Falwell no programa 60 Minutos, dizendo que Maomé foi um terrorista, e, como afirmou Franklin Graham, que o islã é “muito perverso e maligno”. Infelizmente, depois ambos voltaram atrás. Muitos líderes de igrejas preferem ser politicamente corretos, embora o islã seja totalmente anticristão. Ele nega a divindade de Cristo, Sua morte pelos nossos pecados na cruz e Sua ressurreição – e tem perseguido e matado milhões de cristãos através da História.

No entanto, Billy Graham insistiu: “o islã é mal entendido... Maomé tem grande respeito por Jesus. Ele chamou Jesus de o maior dos profetas depois dele mesmo. Acho que estamos mais próximos do islamismo do que pensamos...” Sim, tão próximos quanto a distância entre o céu e o inferno! Criticando Falwell e Franklin Graham por falarem a verdade, a revista Cristianity Today declarou: “O islã não teria se tornado a segunda maior religião do mundo se fosse... completamente maligno como sugerem esses comentários”.

Robert Schuller chamou o islamismo de “cristão”. Ele recebeu muitos elogios na mesquita de Villa Park (Illinois/EUA), onde declarou que chegou à conclusão de que “pedir às pessoas que mudem suas crenças é completamente ridículo”. Defendendo a mais cruel e violenta religião da História, Schuller insistiu:

Esta é a hora de pararmos de atacar religiões... Tem sido uma honra para mim familiarizar-me com os líderes do islamismo positivo. Existe e tem existido uma propaganda muito forte contra o islã neste mundo.[6]

Positivo? O islã? Maomé nunca ouviu falar disso! Propaganda antiislâmica? Ninguém poderia dar ao islã uma imagem pior do que Maomé e o Corão lhe deram desde o início. No entanto, o ex-secretário de Estado Colin Powell, repetindo o presidente Bush, insistiu: “Nós temos que deixar o islã fora disso. É uma religião pacífica”.

Antes de 11 de setembro de 2001, muitas advertências foram ignoradas, tais como as da Comissão Nacional Contra o Terrorismo em 1988. Hoje estaremos repetindo o mesmo erro se nos recusarmos a levar o islã a sério. A Igreja está negligenciando o maior campo missionário do mundo, com a desculpa de que é “muito perigoso” ou sob a ilusão de que “Alá é o Deus da Bíblia” e que os islâmicos estão “mais próximos de nós do que imaginamos”. Que Deus nos livre desse engano! (Dave Hunt - The Berean Call - http://www.beth-shalom.com.br)

Notas:

1.Durant, op. cit., 188.
2.Jornal kuwaitiano Al-Sachrah , 1/6/87.
3.Jerusalem Post, 11/25/95, 30.
4.Netanyahu, Fighting, 114.
5.“Terrorists and policemen”, Jerusalem Post International Edition, 10/3/93.
6.Orange County Register, seção “Commentary”, 9/14/01.
Publicado anteriormente na revista Notícias de Israel, agosto de 2005.

Onde matar faz parte da religião

Um estudo governamental de 288 páginas a respeito da escola islâmica "Academia Fahd" em Bonn, na Alemanha, revelou uma realidade assustadora: seus livros didáticos transmitem doutrinas islâmico-fundamentalistas e até o assassinato é incentivado.


Nas escolas islâmicas: o assassinato é incentivado...




Ao traduzir vinte livros escolares da academia, freqüentada por 450 alunos, os pesquisadores descobriram que os textos justificam o assassinato e ensinam o ódio aos infiéis. Um trecho do relatório diz: "Matar não é tabu e é considerado necessário quando exigido pela fé. Apesar de toda a ênfase no caráter pacífico do islã, o ódio aos infiéis torna-se um alvo pedagógico evidente". Aos alunos de seis a dezoito anos é "literalmente inculcado que o islã e todos os muçulmanos desde as Cruzadas tiveram sua existência ameaçada pelos judeus e pelos cristãos", prossegue o relatório. Conforme o estudo, a prioridade da escola seria, portanto, preparar os alunos para a luta contra os inimigos.

Os jovens são instruídos, como se verificou, a respeito da "virtude do martírio" na luta religiosa e nacionalista. Eles aprendem sobre o "auto-sacrifício na batalha contra os infiéis". Um livro-texto da sexta série diz acerca de um mapa da Europa, Ásia e África: "Esta é sua comunidade islâmica..., repleta de jihad, perfumada pela fragrância dos sacrificados". Os sacrificados seriam os "heróis mortos".

Nos livros de religião, a competência da legislação secular é rejeitada por princípio, conforme constataram os pesquisadores. Na ótica dos textos escolares islâmicos, ela seria "um ídolo que exige uma veneração que cabe apenas a Alá".

Desde o primeiro ano primário os alunos são doutrinados a obedecer incondicionalmente à religião islâmica e a assumir compromissos "com seus líderes políticos e espirituais", diz o estudo. Sobre o mundo fora do islã "não se lê praticamente nada".

Os analistas chegaram à conclusão de que "as metas pedagógicas... estão fortemente marcadas por uma postura religiosa-nacionalista agressiva e por uma pedagogia de ameaças, que não permite qualquer tolerância com não-muçulmanos".

O futuro da escola parece incerto. Autoridades federais alemãs descobriram que há extremistas islâmicos agindo nela, e estão prestando atenção especial ao que acontece no estabelecimento. Porém, seu fechamento não faz parte dos planos imediatos do governo alemão. (Focus)

O Novo Testamento tem aproximadamente o mesmo volume que o Corão, mas enaltece e ensina o amor ao próximo, inclusive pelos inimigos. Em lugar algum ele conclama à violência. Ao contrário, ele até ensina que devemos abençoar os que nos amaldiçoam e não dar lugar à ira. O cristão deve tentar ganhar os outros para Cristo através do amor e do testemunho, propagando o Evangelho pelo mundo. Ele não deve fazer diferença entre raças, origem, cultura, ideologia ou religião; é exortado a amar a todos da mesma maneira, ajudando e honrando-os.

Houve épocas em que o cristianismo não agiu assim – por exemplo, nas Cruzadas ou durante o nazismo. Entretanto, os envolvidos não tinham base verdadeiramente bíblica para suas ações. Eles não podiam se apoiar nos ensinos do Novo Testamento, dos apóstolos ou do Senhor Jesus e, por isso, também não merecem ser chamados de cristãos, conforme os padrões bíblicos. Segundo os ensinos do Novo Testamento, existem diferenças entre os seres humanos que devem ser observadas, mas no que diz respeito à posição em Jesus, à salvação ou à esperança da glória, há absoluta igualdade de direitos não encontrada em qualquer outra religião.

Os radicais e terroristas islâmicos apóiam-se inteiramente no conteúdo do Corão e nas declarações e ações de Maomé. Enquanto a Bíblia ensina o amor, exorta os homens nesse sentido e busca sua transformação, o Corão prega o ódio às pessoas de outras crenças e impele seus seguidores a praticar esse ódio. Os que não crêem no Corão podem ser perseguidos e assassinados em nome de Alá. Sob a invocação do Corão, as mulheres são oprimidas e espancadas, garotas são proibidas de estudar e países estrangeiros, de cuja hospitalidade os muçulmanos gostam de usufruir, têm desrespeitadas e desobedecidas suas leis. Para os muçulmanos, pessoas de outras crenças merecem apenas o ódio e a jihad, a "guerra santa". Enquanto os cristãos verdadeiros, que seguem a Bíblia, construíram uma rede mundial de assistência social que leva aos necessitados não apenas o Evangelho mas também auxílio prático como alimentação, abrigo, serviços médicos e ensino escolar, o islã explora e oprime as pessoas nos países que domina.


Desde cedo, as crianças palestinas são ensinadas a odiar.




O islã odeia tanto cristãos quanto judeus, pois ambos têm o mesmo Deus. Com uma cerca de segurança, Israel procura proteger-se dos ataques dos terroristas sanguinários e de sua ânsia de matar. Eles não recuam nem diante da possibilidade de fazer vítimas entre sua própria população. Quanto mais pessoas do lado inimigo forem mortas, maior a satisfação deles. A barreira de segurança, apesar de todas as críticas, reduziu drasticamente o número de atentados. Entretanto, ao invés de criticar os terroristas, o Ocidente parece não ter nada melhor a fazer do que questionar a cerca e tentar obrigar Israel a derrubá-la. Em outras palavras, o mundo ocidental prefere ver ainda mais vítimas inocentes do lado judeu do que mandar os muçulmanos cessarem os atos terroristas. A Índia também está construindo uma cerca semelhante na disputada região da Caxemira para impedir a entrada de terroristas vindos do Paquistão, mas isso não parece interessar a ninguém.

No momento, muitas crianças palestinas com idades entre sete e quinze anos são treinadas para a luta nos chamados "acampamentos de verão" organizados por diversos grupos terroristas. Nesses acampamentos as crianças aprendem, por exemplo, como atacar e matar colonos judeus. Alguns canais de TV em diversas partes do mundo divulgaram documentários a respeito. A estação saudita "Al-Arabiya" e o "Jerusalem Post" noticiaram os mesmos fatos. Mas ninguém da União Européia (UE), nem da ONU, nem das organizações de direitos humanos, nem do Tribunal Internacional de Justiça de Haia se manifestou a respeito. Nosso consolo diante de tantas injustiças são as firmes promessas de Deus a Israel: "Ouvi a palavra do Senhor, ó nações, e anunciai nas terras longínquas do mar, e dizei: Aquele que espalhou a Israel o congregará e o guardará, como o pastor, ao seu rebanho" (Jr 31.10). "Jerusalém me servirá por nome, por louvor e glória, entre todas as nações da terra que ouvirem todo o bem que eu lhe faço; espantar-se-ão e tremerão por causa de todo o bem e por causa de toda a paz que eu lhe dou" (Jr 33.9). (Norbert Lieth - http://www.beth-shalom.com

Europa = Eurábia... e o Jesus palestino

As pretensões de islamizar a Europa já existem há séculos. Esse objetivo jamais foi abandonado pelos muçulmanos, pois é parte integrante de sua ideologia de conquista do mundo, que é camuflada religiosamente. Seus seguidores devem empenhar-se inflexivelmente em submeter todo os países ao Corão e à lei islâmica, a sharia. Demográfica e culturalmente a Europa se encaminha para uma grande reviravolta. Políticos e religiosos, magnatas das finanças e da mídia estão se tornado os coveiros da cultura ocidental.

A Dra. Bat Ye’or, nascida no Egito e residente na Suíça, estudiosa do islã e autora consagrada, analisou atentamente o dilema europeu frente a Israel e em relação à herança judaico-cristã em um simpósio realizado na Universidade Hebraica em Jerusalém.

Segundo ela, a elite intelectual e política européia é movida por um pacto entre a União Européia (UE) e a Liga Árabe. Após a Guerra do Yom Kippur, em 1973, e antes da crise do petróleo desencadeada pelos árabes, a França conduziu a CE (Comunidade Européia, depois União Européia) à criação da Sociedade para o Diálogo Euro-Árabe (EAD). A Europa obteve certos direitos de pesquisas petrolíferas em países árabes e, em contrapartida, comprometeu-se a defender as posições árabes contra Israel. Isso significa apoio às "fronteiras" de 1949, ao domínio árabe sobre Jerusalém, à OLP e a Yasser Arafat.

Outras conseqüências foram a migração maciça de árabes para a Europa, a edição de livros escolares em língua árabe sob supervisão islâmica e o fomento à cultura islâmica em toda a Europa. As negociações da EAD acontecem sempre a portas fechadas, sem registros por escrito.


A Europa está sendo intensamente islamizada.
Na foto: manifestação islâmica na França.




A Dra. Bat Ye’or referiu-se à "remoção das raízes judaicas do cristianismo" e mostrou que o islamismo considera essas duas religiões "inferiores". Na futura "Eurábia", Jesus seria apresentado apenas como um profeta muçulmano. Ela lembrou também que as notícias publicadas na Europa giram sempre em torno dos "palestinos", para desviar a atenção dos genocídios cometido por muçulmanos (por exemplo, no Sudão, onde dois milhões de cristãos e animistas foram dizimados). Nas universidades européias já estaria sendo propagada a superioridade do islã. Dentre os europeus, aqueles que se opõem à jihad (guerra santa) islâmica são chamados de tiranos e acusados de criar inimizade entre o cristianismo e o islã. Os não-muçulmanos da Europa são vistos como ímpios e acusados de negarem a verdadeira fé. Assim, a Europa está madura para aceitar o islã.

É significativo que o avanço do islã na Europa ocorre paralelamente com o crescimento do anti-semitismo e das tendências pró-árabes. Por exemplo, uma pesquisa popular em quinze países europeus chegou à chocante conclusão de que 59% dos entrevistados consideram Israel o maior empecilho para a paz no mundo. Em inúmeras igrejas escandinavas praticamente não é mais possível mencionar Israel. Muitos líderes religiosos criticam tudo o que tem qualquer relação com o "Antigo Testamento" e negam toda legitimidade histórica de Israel. Eles também substituem o Jesus judeu por um Jesus "palestino", mais adequado à propaganda árabe. Portanto, deveriam ser retirados dos primeiros capítulos dos Evangelhos todos os registros genealógicos de Jesus e todas as referências ao Seu nascimento "em Belém da Judéia" (por exemplo, em Mt 2.1).

Pobres guias de cegos, vítimas de um espírito de rebelião contra Deus! Mas todos os que são fiéis à Bíblia, que amam a Palavra de Deus, estão convictos de que Ele cumpre Sua Palavra, que ela é a verdade e que não passará mesmo que os céus e a terra passem. O Senhor disse a respeito de Israel: "Jamais retirarei dele a minha bondade, nem desmentirei a minha fidelidade. Não violarei a minha aliança, nem modificarei o que os meus lábios proferiram" (Sl 89.33-34). A Palavra de Deus é a rocha que suporta todas as tempestades, e sobre ela podemos nos apoiar com confiança. Os que temem ao Senhor não se abalam e não se deixam enganar, pois confessam: "Todas as veredas do Senhor são misericórdia e verdade para os que guardam a sua aliança e os seus testemunhos" (Sl 25.10). (H.H. Goldberg em "Haschiwah"– O Retorno - http://www.beth-

Paralelos entre Hitler e o islamismo

Faraó ou Nabucodonosor, Hamã ou Tito, os cavaleiros das Cruzadas ou a Inquisição espanhola, Hitler ou os palestinos de Arafat, todos eles eram ou são dominados pelo mesmo espírito, que queria e continua querendo destruir o povo judeu. Todos os adversários de Israel são igualmente adversários de Deus: "Os teus inimigos se alvoroçam, e os que te odeiam levantam a cabeça. Tramam astutamente contra o teu povo e conspiram contra os teus protegidos. Dizem: Vinde, risquemo-los de entre as nações; e não haja mais memória do nome de Israel" (Sl 83.2-4).

Não está em jogo apenas a existência de um povo mas o cumprimento de promessas divinas. Deus, porém, vela para que tudo se realize exatamente como Ele jurou, pois disse a Israel: "não é por causa da tua justiça, nem pela retitude do teu coração que entras a possuir a sua terra, mas... para confirmar a palavra que o Senhor, teu Deus, jurou a teus pais, Abraão, Isaque e Jacó" (Dt 9.5).

Cada ser humano tem impressões digitais únicas e seu DNA é pessoal e inconfundível. Igualmente inconfundível é a maneira de agir do adversário de Deus, que costuma atacar sempre os escolhidos do Senhor para que seja rompida a aliança que Ele firmou com Israel. Mas até à eternidade Deus jamais permitirá que isso aconteça: "Subiu o Anjo do Senhor de Gilgal a Boquim e disse: do Egito vos fiz subir e vos trouxe à terra que, sob juramento, havia prometido a vossos pais. Eu disse: nunca invalidarei a minha promessa" (Jz 2.1).


"Os teus inimigos se alvoroçam, e os que te odeiam levantam a cabeça. Tramam astutamente contra o teu povo e conspiram contra os teus protegidos. Dizem: Vinde, risquemo-los de entre as nações; e não haja mais memória do nome de Israel" (Sl 83.2-4). Na foto: Silvan Shalom, o ministro do Exterior israelense, deposita uma coroa de flores diante de uma sinagoga destruída por um atentado na Turquia.



Os israelenses são acusados de exagero ao equipararem o ódio de Arafat por Israel com o ódio que Hitler extravasou ao perseguir os judeus. Porém, aqueles que ainda se lembram do alarido da propaganda nazista, como os sobreviventes do Holocausto, constatam que a incitação islâmica contra os judeus realmente deixa transparecer o espírito de Hitler. O linguajar de Arafat denuncia que ele está possuído pelo mesmo espírito que dominava Hitler e seus predecessores, pois todos eles queriam aniquilar os judeus:

•Hitler atribuía a fonte de sua perseguição aos judeus à "providência" – Arafat diz que Alá o comissionou a "lançar os judeus ao mar".
•Em seu livro "Mein Kampf" ("Minha Luta"), Hitler previu o aniquilamento total dos judeus – o Corão conclama à guerra santa contra todos os não-muçulmanos. O lema dos muçulmanos é: "No sábado matamos os judeus e no domingo matamos os cristãos".
•Hitler afirmava que a Bíblia era um lôgro judeu – os muçulmanos dizem que a Bíblia é uma falsificação e que o Corão é mais antigo que a Bíblia.
•Hitler, sendo solteiro, declarava que sua noiva era a Alemanha – Arafat afirma que sua noiva é a Palestina.
•Hitler almejava o domínio mundial – o islã tenta conseguir o domínio do mundo através do terrorismo e da guerra santa.
•Hitler exaltava o povo alemão como raça de senhores – os muçulmanos declaram ser "filhos do Sol".
•Hitler afirmava que os não-arianos eram pessoas de segunda classe – para os islâmicos, todos os não-muçulmanos ("dhimmis") são pessoas de segunda classe.

A incitação islâmica contra os judeus realmente deixa transparecer o espírito de Hitler. Na foto: prisioneiros palestinos libertados por Israel.


Hitler atiçava a SS e a SA contra os judeus – os muçulmanos incitam o Hesbolá, a Jihad Islâmica, o Hamas e as Brigadas dos Mártires de al-Aqsa contra Israel.
•Hitler conseguiu levar os "cristãos alemães" a colaborarem com ele – o islã infiltrou-se no Ocidente de tal forma que muitas igrejas minimizam as barbáries praticadas pelos muçulmanos, estimulando-os a continuarem lutando contra Israel.
•Hitler conclamava os alemães: "Não comprem nada de judeus!" – os árabes conclamam a comunidade mundial a boicotar os produtos israelenses.
•Hitler apregoava: "Os judeus são nossa desgraça!" – os muçulmanos difundem a mensagem de que a paz só reinará no mundo quando não existir mais o Estado de Israel.
•Hitler ensinava: "Jesus era ariano!" – os muçulmanos dizem que Jesus foi palestino, ou seja, árabe.
•Hitler mandou queimar os livros que, em sua opinião, eram pró-judeus – os muçulmanos queimaram as publicações que tratavam de Israel.
•Na "Kristallnacht" ("Noite dos Cristais") Hitler incendiou as sinagogas – os muçulmanos destruíram 58 sinagogas apenas na Cidade Velha de Jerusalém.
•Hitler proclamou a "guerra total" – em 11 de setembro de 2001 a tropa-de-choque do islã declarou guerra ao resto do mundo.
•Quando Hitler percebeu que tinha perdido a guerra, enviou crianças ao front – os muçulmanos do Hamas enviam crianças palestinas para morrerem como terroristas-suicidas.
Esses exemplos demonstram claramente que as fontes que fomentam o ódio islâmico por Israel são as mesmas que alimentaram Hitler e os demais anti-semitas durante toda a história. Eles não foram apenas inimigos de Israel mas inimigos de Deus. (Ludwig Schneider, israel heute - http://www.beth-shalom.com.br)

Publicado anteriormente na revista Notícias de Israel, maio de 2004.

A ficção dos crimes de guerra

Quem acompanhou os noticiários [sobre Gaza] poderia ser levado a acreditar que Israel cometeu crimes de guerra durante a Operação Chumbo Moldado. Isso não é verdade! Trata-se de um libelo de sangue, simplesmente de uma acusação sem fundamento. Isso não significa que não foram cometidos erros aqui e ali, que não houve equívocos, que uma certa unidade pode ter usado munição não-apropriada, e que houve incidentes com soldados que agiram de forma errada. Presumivelmente, tais coisas ocorreram. Mas, daí até a acusação de que Israel é culpado de crimes de guerra e que as Forças de Defesa de Israel (FDI) usaram práticas de combate imorais vai um longo caminho.

Mencionar conceitos como “crimes de guerra” ou “crimes contra a humanidade” com referência a essa operação militar nada mais é do que puro disparate. Os líderes nazistas foram considerados “criminosos de guerra” pelo assassinato de milhões de pessoas a sangue frio. Adolf Eichmann foi julgado culpado de “crimes contra a humanidade” por ter enviado milhões para as câmaras de gás. O uso desses termos em relação a uma ação bélica de auto-defesa, contra uma organização terrorista que age a partir de uma área repleta de civis, não é apenas uma distorção da verdade, mesmo que centenas de civis tenham sido mortos. Trata-se, realmente, de uma perversão moral de primeira ordem, marcada por uma dose superabundante de maldade e hipocrisia.

Não acredite naqueles que dizem que as leis internacionais foram violadas durante a operação militar em Gaza. Eles são os que usam a legislação internacional de forma cínica, com objetivos que nada têm a ver com preocupações a respeito da moralidade da guerra. Os melhores juristas e acadêmicos em Israel e no mundo têm rejeitado essas acusações. O Professor Alan Dershowitz, da Universidade de Harvard, um grande especialista em Direito, dissecou as acusações contra a operação das FDI com bisturi afiado, e rejeitou-as inteiramente. O Professor Yoram Dinstein, um dos maiores especialistas israelenses em Direito Internacional, deixou claro em uma palestra no Instituto de Estudos de Segurança Nacional, que as acusações contra as FDI são arraigadas em preconceitos. Na Europa, trata-se de uma questão de anti-semitismo clássico e, em Israel, de auto-ódio patético – ou de ignorância e interpretação equivocada dos pricípios legais, especialmente do espírito da lei internacional.


As acusações contra as Forças de Defesa de Israel são arraigadas em preconceitos. Na Europa, trata-se de uma questão de anti-semitismo clássico.




Nesse caso tem acontecido algo estranho. A pergunta principal costumava ser: quem é o agressor e quem exerceu seu direito de auto-defesa? Essa é a verdadeira questão moral. Atualmente, não se distingue entre aqueles que se levantam contra o Estado para destruí-lo e aqueles que lutam para defender sua vida.

Só interessa ao mundo se houve e quantas foram as vítimas civis, ignorando completamente a identidade dos responsáveis pela guerra e pela matança, um resultado inevitável de qualquer batalha, principalmente quando travada contra uma cruel organização terrorista. Quando era presidente dos EUA, Harry Truman ordenou o lançamento de duas bombas atômicas sobre o Japão para evitar a morte de soldados americanos – a justificativa foi baseada no fato do Japão ser o responsável pela guerra.

Naturalmente é lamentável que mulheres e crianças foram mortas. Não fico satisfeito nem mesmo com a morte de integrantes do Hamas... Mas a responsabilidade de toda a matança e do sofrimento é exclusivamente do agressor, o Hamas. Nenhum civil atingido – mesmo que tenha sido por engano – está pesando na consciência de Israel. Essa é a verdade que nos permite andar de cabeça erguida. Não há necessidade de ficarmos alarmados por [alegações de] pessoas cujos princípios são a hipocrisia e a falsidade. Seu padrão moral está muito distante do nosso. (Yehuda Ben Meir, extraído de www.haaretz.com)

O autor é pesquisador-sênior no Institudo de Estudos de Segurança Nacional em Israel.

Já o rei Salomão disse: “...nada há, pois, novo debaixo do sol” (Ec 1.9). Mais uma vez se confirma essa afirmação bíblica: na Idade Média, os judeus foram acusados de envenenar os poços e de contaminar as pessoas com a peste. As atuais afirmações procedem do mesmo inimigo, apesar de serem apresentadas em outra embalagem: os judeus seriam criminosos de guerra e estariam atacando deliberadamente a população civil. Quase não pode haver mentira mais grosseira do que essa. Se outros exércitos tivessem de realizar essa operação, não há dúvida de que muito mais pessoas teriam sido vitimadas. Realmente, é preocupante ver como o ódio a Israel aumenta e como os fatos sobre Israel são distorcidos. Mas o salmista diz: “Com efeito, Deus é bom para com Israel...” (Sl 73.1). E no Salmo 118.6 lemos as palavras consoladoras: “O Senhor está comigo; não temerei. Que me poderá fazer o homem?” O mesmo vale para a Igreja de Jesus: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rm 8.31). (Conno Malgo - http://www.beth-shalom.com.br)

Publicado anteriormente na revista Notícias de Israel, março de 2009.

Fórmula para uma guerra sem fim

À medida que a guerra de Israel contra o Hamas em Gaza prosseguia, o ataque mundial de propaganda contra Israel crescia exponencialmente. Diante disso, é importante rever um pouco da história da região. Em 2005, Israel retirou-se unilateralmente de Gaza e entregou sua administração integral à Autoridade Palestina (AP). Todos os assentamentos judeus foram abandonados e seus habitantes foram removidos à força. As propriedades agrícolas, comerciais e residenciais israelenses - que eram consideráveis - foram deixadas para os palestinos.

Eles imediatamente desmantelaram e destruíram esses bens valiosos que poderiam tê-los ajudado a alimentar seu próprio povo. Aos palestinos foi dada a liberdade de desenvolver o que poderia ter sido algo como uma " Hong Kong" do Mediterrâneo. Muitas nações canalizaram bilhões de dólares para os cofres da liderança palestina, para ajudá-los a realizar esse sonho.

Ao invés disso, os palestinos usaram o dinheiro para montar um exército terrorista. Eles compraram armas e munições para equipar esse exército. Eles contrabandearam para Gaza um arsenal formidável e começaram a lançar ataques diários contra cidades israelenses.

Eles nem mesmo pretextaram construir uma infra-estrutura econômica que permitisse aos cidadãos de Gaza sustentarem a si mesmos. Essa é a razão porque o fechamento parcial das passagens de fronteira por parte dos israelenses tornou a vida tão difícil para os palestinos comuns. A maioria deles só encontra trabalho em Israel . Não há empregos em Gaza.

Por quê? Porque todo o dinheiro para o desenvolvimento econômico foi canalizado para o terrorismo. Apesar dessa fraude evidente, o mundo insiste em recompensar os palestinos pelo seu logro descarado.



As chamadas "nações esclarecidas e responsáveis" desenvolveram uma fórmula para o uso exclusivo contra Israel . Essa fórmula determina sob quais circunstâncias e de que maneira é permitido a Israel defender a si mesmo dos ataques terroristas. Primeiro, a provocação deve ser muitas vezes mais séria do que bastaria para outras nações. Simples atos de guerra, como fazer reféns ou promover ataques contínuos com mísseis contra centros populacionais civis, não são [considerados] suficientes para permitir medidas de defesa.

Desde 2005, mais de 6.000 foguetes choveram sobre cidades israelenses a partir de Gaza. Num sinal de considerável comedimento, apenas após três anos e milhares de ataques não-provocados, Israel finalmente sentiu-se suficientemente justificado para lançar uma resposta defensiva.

Então, começa a segunda fase do ataque de propaganda anti-israelense. Ele é iniciado quase imediatamente pelos suspeitos usuais - liderados pelos árabes, pelos russos, pelos muçulmanos - todos falando da "invasão" de Gaza e exigindo a retirada imediata de Israel.

Ao mesmo tempo, os membros das Nações Unidas começam seu coro usual - acusando Israel de promover uma resposta "desproporcional".

Finalmente, a mídia lança sua campanha unilateral. Sua função é dar destaque às mulheres e crianças palestinas feridas e mortas, acidentalmente atingidas durante a luta intensa. Parece que os meses e anos de bombardeios constantes lançados sobre os israelenses pelos facínoras do Hamas não despertaram o interesse da mídia. Apenas quando Israel revidou, foi dado o sinal para que a grande mídia se juntasse à refrega.

Em Gaza, os terroristas do Hamas se escondem em salas de aula e porões de hospitais. Eles armazenam armas em mesquitas e usam laboratórios de universidades como fábricas de bombas. Eles escondem mísseis de longo alcance no porão do principal hospital da Cidade de Gaza. Quando sabem de prédios que serão atacados pela aviação israelense, eles posicionam intencionalmente mulheres e crianças nos terraços.

Então, quando esses escudos humanos são mortos ou feridos pelo fogo israelense, a mídia descarrega sua exaltação contra o atirador ou o piloto israelense, não contra o terrorista calculista. Os corpos de terroristas mortos - ou de seus escudos humanos - são depois exibidos pela mídia sempre disponível como "vítimas inocentes da agressão israelense". E os clamores orquestrados pela "proporcionalidade" ficam mais altos.

Seguindo essa fórmula muito repetida, à medida que as imagens selecionadas da mídia se acumulam, as previsíveis exigências de um cessar-fogo incondicional por parte de Israel experimentam um crescendo global. Governos ocidentais moderados como a França, a Grã-Bretanha e outras nações da União Européia (EU) que têm grandes populações muçulmanas, começam a exigir que Israel termine essa "guerra desproporcional". A gritaria mundial aumenta até que, finalmente, os Estados Unidos são forçados a não vetar uma resolução do Conselho de Segurança [da ONU] condenando Israel como agressor injustificado.

Essa é a fórmula que sempre funcionou. Os fundamentalistas islâmicos a conhecem muito bem. Organizações terroristas como o Hezb'allah (Partido de Alá) e o Hamas aperfeiçoaram o uso dessa receita ao ponto de fazer dela uma "tática de guerra". Os terroristas islâmicos atacam e lutam até ao ponto em que estão perdendo. Então o mundo vem em seu socorro e os resgata, para que possam voltar a lutar no futuro.

"Proporcionalidade" é a palavra-chave que foi especialmente adaptada para o uso contra Israel e para garantir sua destruição final através do atrito.

O objetivo historicamente aceito da guerra defensiva é eliminar a habilidade do inimigo de causar dano. O lado que alcançar primeiro esse alvo é o vencedor. E, até que um dos lados não tenha atingido esse objetivo, a guerra continua.



O propósito primordial do Hamas é o aniquilamento de Israel . Ele está claramente definido em seu estatuto. Os seus integrantes o confirmam em todas as oportunidades. As "nações esclarecidas" simplesmente não conseguem entender essa realidade. O lançamento de mais de 6.000 foguetes contra Israel não foi provocado por nada além do fato de Israel continuar a existir. Enquanto Israel existir, o objetivo do Hamas continuará não tendo sido alcançado. As numerosas organizações terroristas islâmicas com apoio estatal sentem o mesmo.

Por outro lado, Israel tem demonstrado que absorverá praticamente qualquer golpe antes de partir para a guerra. O objetivo principal de Israel é garantir uma paz duradoura. Para alcançar esse propósito, Israel tem de eliminar a possibilidade do inimigo promover a guerra. Se não o fizer, a guerra continuará para sempre.

A definição de "proporcionalidade" da ONU no caso da auto-defesa de Israel significa que as perdas israelenses devem ser, no mínimo, iguais às perdas palestinas. Se Israel seguir essa fórmula, garantirá a sua derrota final através do atrito. Os israelenses garantirão que a guerra continuará até que os muçulmanos estejam suficientemente fortes para obliterar Israel . Pense apenas no que teria sido o resultado da II Guerra Mundial se o mesmo pensamento irracional fosse imposto aos exércitos aliados que lutavam contra a Alemanha nazista e o Japão imperial.

Alguns argumentam que o Hamas está apenas se defendendo e que os foguetes caseiros são as únicas armas que ele tem contra os aviões e os tanques israelenses. Mas o Hamas NÃO está defendendo a si mesmo de Israel quando bombardeia cidades israelenses. Israel não ocupou Gaza desde sua retirada em 2005.

Aliás, se o Hamas parasse de lançar foguetes e de enviar homens-bomba suicidas para Israel , não haveria necessidade de se defender. As fronteiras estariam abertas e a paz e a prosperidade viriam a seguir.

O lançamento indiscriminado de foguetes contra centros populacionais civis é reconhecido como um crime de guerra. Ele constitui punição coletiva sob o tratado legal da ONU. Entretanto, como o Hamas atira contra alvos judeus, a ONU fica em silêncio. Esse é apenas mais um exemplo de como a lei internacional é mais rigorosa com Israel do que com qualquer outra nação do mundo.


Casa atingida em Sderot, no Sul de Israel, por um foguete palestino procedente da Faixa de Gaza.




Não existe outra nação cuja conduta seja mais sujeita ao escrutínio dos "especialistas do direito internacional" do que Israel - a ONU os designou com esse propósito específico. Mas, no caso de Israel , pode-se demonstrar que os inimigos de Israel usam a legislação internacional da ONU contra os israelenses.

O Hamas alega que seus ataques são em resistência ao fechamento das suas fronteiras por Israel . Entretanto, as razões porque Israel fecha as fronteiras com Gaza nunca são mencionadas. Nenhum dos críticos de Israel leva em conta que, sempre que Israel abre suas fronteiras para os trabalhadores palestinos, é iniciado um fluxo de homens-bomba suicidas para seu território. E quando as fronteiras internacionais de Gaza são abertas, o Hamas se apressa em trazer mais foguetes e mísseis mais poderosos para serem lançados contra cidades israelenses.

O que há com Israel para transformá-lo no estado-pária do mundo? Como é possível que qualquer insulto aos árabes, por mais insignificante, seja considerado uma razão para o assassinato em grande escala, enquanto nenhuma atrocidade, por mais violenta, seja considerada uma justificativa para a resposta defensiva de Israel ? Não importa quão razoável e legítima seja a ação defensiva para qualquer outra nação. Enquanto isso, líderes de todo o mundo têm comparecido à ONU para defender a "democracia palestina" - como se essa entidade existisse.

Isso tudo não tem qualquer sentido no plano natural. Somente a Bíblia pode explicar o mistério por trás do ódio sobrenatural contra os judeus. A profecia bíblica predisse que Israel renasceria miraculosamente nos "últimos dias". A Bíblia também predisse que um ódio sobrenatural contra os judeus cresceria em todo o mundo. Isso será logo seguido pelo Armagedom e pelo retorno de Jesus, o Messias.

Tudo isso está sendo cumprido literalmente diante dos nossos olhos. Portanto, não fique surpreso ou amedrontado. A volta de Cristo para redimir os que creram nEle acontecerá muito em breve. (Hal Lindsey - extraído de www.hallindsey.com - http://www.beth-shalom.com.br)

Hal Lindsey, autor de numerosos livros, com vendas totais superiores a 35.000.000 de cópias, é conhecido internacionalmente como palestrante, escritor, e personalidade televisiva. Entre suas obras mais conhecidas está o best-seller A Agonia do Grande Planeta Terra. Chamado de ""o Jeremias desta geração'' pela revista Time, os seus livros têm sido publicados em mais de 50 países.

Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, Fevereiro de 2009.

Removendo o tumor maligno do terrorismo

A guerra de Israel em Gaza foi recebida com brados de protesto ao redor do mundo. Eles vieram de duas fontes:

Primeiro, há aqueles que se opõem a qualquer esforço israelense de auto-defesa, principalmente porque acham que um Estado judeu nem mesmo deve existir. Essa é uma forma de anti-semitismo, e tal ponto de vista deveria ser logo descartado, sem que se argumente contra ele.

Em segundo lugar, há aqueles que apóiam a existência de Israel, mas acreditam que foi errado promover um ataque tão duro contra a Faixa de Gaza.

Esse argumento assume duas formas: (1) que a resposta de Israel é desproporcional e, portanto, errada; e, (2) que há formas menos violentas de lidar com o Hamas – através de pressões internacionais, sanções ou negociações.

As duas alegações, por mais lógicas que possam parecer, ignoram as lições da história, inclusive a história recente de Israel no combate ao terrorismo. Nos dez anos em que servi como ministro no Gabinete de segurança de Israel, aprendi como tais argumentos podem ser equivocados.

Praticando o comedimento

Em 1º de junho de 2001, um homem-bomba suicida atacou a entrada da discoteca Dolphinarium em Tel Aviv.




Em 1º de junho de 2001, um homem-bomba suicida atacou a entrada da discoteca Dolphinarium em Tel Aviv. Vinte e um israelenses, em sua maioria jovens, foram mortos e mais de 130 ficaram feridos. Esse foi o último de uma série de ataques suicidas que tinham sido lançados desde o início da Segunda Intifada em setembro de 2000.

No dia seguinte, participei de uma reunião dramática do Gabinete para discutir nossas opções – uma reunião realizada no Shabbat, justificável apenas por uma emergência real. A maior parte dos ministros achava que era necessário tomar medidas decisivas.

Oficiais militares apresentaram um plano para erradicar a infra-estrutura do terror, através de uma campanha complexa no coração das cidades e dos campos de refugiados palestinos. Apesar do ataque ter sido cometido pelo Hamas, estava claro que o líder palestino Yasser Arafat tinha lhe dado luz verde. Tínhamos tanto o direito quanto a capacidade para contra-atacar.

No decorrer da reunião, porém, nosso ministro do Exterior entrava e saía da sala, falando [pelo telefone] com líderes mundiais, transmitindo-nos o que tinham dito. Sua mensagem era clara: no momento, Israel contava com a simpatia da comunidade internacional.

Enquanto mantivermos nossa resposta militar no mínimo, o mundo continuará do nosso lado, e a crescente pressão diplomática irá controlar o terrorismo, disse ele. Mas, se lançarmos um ataque em grande escala contra os terroristas, arriscamo-nos a perder o apoio mundial e a transformar Arafat de agressor em vítima.

Resposta proporcional
Finalmente, o primeiro-ministro foi convencido pela abordagem dele, e tomou-se a decisão de adotar uma resposta proporcional – ataques localizados a células terroristas, operações especiais, prisões – e de permitir que a diplomacia exercesse sua mágica.

Nos próximos nove meses, Israel moderou seu fogo, e o mundo realmente condenou o terrorismo. Mas os ataques simplesmente aumentaram.

No coração de Tel Aviv e Jerusalém, homens-bomba suicidas explodiram cafeterias, ônibus e hotéis. A vida noturna acabou, o turismo foi dizimado e os hotéis tiveram de despedir a maior parte dos seus trabalhadores. Um dos meus colegas no governo, Rehavam Ze’evi, foi abatido por terroristas.

Nesse meio-tempo, os EUA sofreram seu próprio ataque terrorista em 11 de setembro [de 2001] e fizeram intensas pressões sobre nós para que não retaliássemos contra os palestinos, com medo de que isso complicasse sua própria guerra com a Al-Qaeda.


Vítimas do ataque terrorista no Park Hotel em Netanya, em 2002.




A situação chegou a um clímax em março de 2002, quando mais de 130 israelenses foram mortos num só mês – sendo que o ataque mais infame ocorreu em 27 de março, na véspera da Páscoa, no Park Hotel em Netanya.

No dia seguinte, o Gabinete reuniu-se – novamente num encontro extraordinário durante um feriado religioso. A reunião começou às 6 da tarde e prosseguiu durante toda a noite.

Dessa vez, porém, o governo decidiu lançar a Operação Escudo Defensivo – o mesmo plano que as Forças de Defesa de Israel (FDI) tinham apresentado no ano anterior.

Piores temores
Na arena internacional, concretizaram-se nossos piores temores.

As Nações Unidas nos condenaram, os EUA enviaram o secretário de Estado Colin Powell para nos dizer que deveríamos parar imediatamente com os ataques. A mídia global montou uma campanha brutal para nos retratar como criminosos de guerra, espalhando falsos rumores sobre a matança indiscriminada de civis palestinos, descrevendo a operação como a pior atrocidade da história moderna.

O mais chocante desses rumores foi o libelo de Jenin, que foi mostrado em um filme produzido basicamente a partir da imaginação fértil do seu diretor, e então apresentado ao redor do mundo.

Não vinha ao caso que, na realidade, Israel tinha tomado medidas sem precedentes para minimizar o número de vítimas civis, até mesmo deixando de usar bombardeios aéreos ou fogo de artilharia, fazendo seus próprios soldados assumirem riscos sem precedentes; ou que a comissão da ONU criada para investigar Jenin foi logo dissolvida por falta de evidências; ou que o diretor do filme admitiu ter ludibriado seu público.

Reputação destruída
Durante anos, o “Massacre de Jenin” foi a peça central da máquina de propaganda anti-israelense, reverberando pela Europa e nos campi americanos, como símbolo da iniquidade israelense. Nossa reputação estava em frangalhos.

Entretanto, tudo isso foi um preço baixo a pagar por aquilo que Israel ganhou. Em poucas semanas o terrorismo palestino foi desativado, e o número de israelenses mortos caiu de centenas por mês para menos de uma dúzia no decorrer do ano seguinte. A economia voltou a se movimentar.

Não menos importante foi o efeito que a Operação Escudo Defensivo teve sobre os próprios palestinos. Com a infra-estrutura terrorista removida, os palestinos puderam iniciar a reconstrução das suas instituições civis e mudar sua atitude em relação à violência.

No decorrer do tempo, a política de promoção do terror de Arafat foi substituída pela abordagem bem mais cautelosa do seu sucessor, Mahmoud Abbas.

Renascimento da Margem Ocidental
Em mais de seis anos desde a operação, a economia da Margem Ocidental floresceu. Se há esperança na Margem Ocidental hoje em dia, é porque Israel abandonou as idéias de proporcionalidade e diplomacia para lidar com o terrorismo.

Os palestinos da Margem Ocidental sabem disso; por essa razão não se juntaram à condenação mundial desenfreada de Israel pela guerra em Gaza. Enquanto dezenas de milhares protestaram na Europa, a maior parte dos moradores da Margem Ocidental ficou silenciosa.

Entender a guerra em Gaza significa reconhecer as lições de 2002. Durante os três anos que se passaram após a retirada de todas as tropas e dos assentamentos da Faixa de Gaza em 2005, Israel optou por responder de modo proporcional e diplomaticamente aos ataques mortais diários do Hamas com seus foguetes.

O resultado? Mais foguetes, mais mísseis, mais miséria para os palestinos – e espaço suficiente para o Hamas tomar conta da Faixa de Gaza, devastar sua sociedade, montar um arsenal muito mais poderoso do que o que tinha em 2005 e tornar-se a vanguarda do expansionismo iraniano na região.

Tratamento do câncer
O terrorismo é um câncer que não pode ser curado por tratamentos “proporcionais”. Ele exige cirurgias invasivas. Ele não somente ameaça Estados democráticos, mas também – principalmente – os civis locais que são obrigados a se juntar às suas fileiras fanáticas, usados como escudos humanos e devastados pela sua tirania.

Quanto mais se espera para tratá-lo, pior ele fica, e mais severo torna-se o tratamento necessário para vencê-lo.

No Sul do Líbano, onde Israel falhou em derrotar os terroristas em 2006, a enfermidade se espalhou: o Hezb’allah (Partido de Alá) tem agora três vezes mais mísseis do que antes, e os terroristas têm o governo libanês sob seu controle.

Exatamente como em 2002, Israel optou por combater o coração do terrorismo [em Gaza], enfrentando denúncias de todo o mundo, manifestações de multidões, resoluções da ONU e falatórios sobre crimes contra a humanidade. Agora, como naquele tempo, essa foi a decisão correta.

A operação foi dolorosa: o número de civis feridos e mortos, apesar de ser muito inferior à de campanhas comparáveis em outras partes do mundo, certamente é intoleravelmente elevada – um reflexo da extensão e profundidade da infra-estrutura terrorista que cresceu ali nos últimos três anos.

Como em 2002, os beneficiários reais do sucesso da campanha israelense serão os próprios palestinos. A paz somente será alcançada quando for dada aos palestinos a liberdade de construir instituições civis reais, e quando puder emergir uma liderança sem medo de dizer aos seus próprios cidadãos que a violência, o fanatismo e o martírio não são o caminho que deve ser seguido pelos palestinos.

Mas isso somente poderá acontecer depois que a malignidade do terrorismo for removida do seu meio. Por mais desagradável que isso soe, essa é a única fonte de esperança para Gaza. (Natan Sharansky, extraído de The Jerusalem Post - http://www.beth-shalom.com.br)

O autor é presidente do Instituto Adelson de Estudos Estratégios do Centro Shalem. Ele foi o mais conhecido dos “prisioneiros de Sião” (judeus que eram impedidos de sair da União Soviética). Quando, finalmente, foi libertado da URSS, emigrou para Israel, onde iniciou carreira política e foi ministro e vice-primeiro-ministro.

Publicado anteriormente na revista Notícias de Israel, Fevereiro de 2009.

O papa e seu vergonhoso tributo a Arafat

Pelo modo como os líderes mundiais reagiram à morte de Yasser Arafat, qualquer um poderia pensar que quem tinha morrido era a Madre Teresa. Kofi Annan, um homem cuja carreira diplomática tem sido dedicada a cultivar laços de amizade com os tiranos e a demonstrar desprezo por suas vítimas, declarou estar "profundamente comovido" com a morte de Arafat e ordenou que a bandeira das Nações Unidas fosse hasteada a meio-mastro. Isso não é de surpreender, visto que Annan é o mesmo homem que, em abril de 1994, desautorizou o general da ONU Romeo Dallaire e o proibiu de usar as tropas sob seu comando para desarmar os hutus e impedir que eles massacrassem 800.000 tutsis a golpes de facão [em Ruanda]. Kofi Annan é, sem dúvida, um dos homens mais corruptos e imorais atualmente vivos (ultimamente ele vinha tentando bloquear todos os esforços do Senado americano no sentido de investigar o desvio de verbas do programa Petróleo-por-Alimentos, que envolve a ONU e o Iraque). Seu mandato à frente da ONU expõe a farsa em que essa organização infelizmente se transformou.

Temos também o presidente da França, Jacques Chirac, que fez um pronunciamento de revirar o estômago sobre a morte do padrinho do terrorismo moderno – a quem dirigiu elogios após o anúncio de seu falecimento, qualificando-o como um homem de "coragem e convicção". Chirac disse que se sentia engasgado e mal podia falar. "Foi com profunda emoção que recebi a notícia da morte do presidente Yasser Arafat". É claro que fica a dúvida se o abalo emocional de Chirac se devia ao fato dele estar arrasado com a morte de Arafat ou se era por ter ordenado que as tropas francesas abrissem fogo contra civis inocentes na Costa do Marfim, depois de decidir unilateralmente, sem a aprovação da ONU, destruir a diminuta força aérea do país. Mas, afinal, os franceses foram aqueles que resolveram colaborar com Hitler, deportando seus judeus para campos de concentração, de modo que não se pode mesmo esperar muita decência desse lado.

É claro que os Estados Unidos continuam sendo embaraçados por Jimmy Carter, um homem que dedicou toda a sua carreira política à proteção de tiranos, desde Kim II Sung e Kim Jon II, na Coréia do Norte, até Fidel Castro, em Cuba. O profundamente humanitário Carter estendeu sua infinita afeição a Arafat, após o falecimento deste, dizendo que Arafat havia proporcionado a "indispensável liderança para um movimento revolucionário" e tinha sido "um extraordinário símbolo humano e um ferrenho defensor", que uniu os palestinos em sua luta por uma pátria nacional. Pouparei comentários sobre a tola declaração de Carter, dizendo apenas que sei que a maioria dos americanos decentes considera o infeliz Carter um bufão repelente e gostaria de esquecer que um dia ele foi seu presidente.

Já é hora do mundo reconhecer esses três homens desprezíveis – Kofi Annan, Jacques Chirac e Jimmy Carter – como os elementos que formam um "Eixo do Mal" ocidental – três líderes cujas longas carreiras têm sido dedicadas a justificar os atos de tiranos, apoiar ditadores, demonstrar desprezo por suas vítimas e, acima de tudo, alimentar um ódio irracional por Israel que, normalmente, seria chamado de anti-semitismo.

Porém, a mais dolorosa e vergonhosa de todas as reações à morte de Arafat, e a de origem mais inesperada, foram os comentários estarrecedores do papa João Paulo II, transmitidos por seu porta-voz, Joaquin Navarro-Valls: "Neste momento de profundo pesar pelo falecimento do presidente Yasser Arafat, Sua Santidade, o Papa João Paulo, sente-se particularmente próximo à família do falecido, às autoridades e ao povo palestino. Enquanto entrega a alma do falecido nas mãos do Todo-Poderoso e Misericordioso Deus, o Santo Padre roga ao Príncipe da Paz para que a estrela da harmonia possa vir a brilhar em breve sobre a Terra Santa [...]". Num segundo pronunciamento, Navarro-Valls disse, em nome do papa, que Arafat foi "um líder de grande carisma que amava seu povo e procurou guiá-lo rumo à independência nacional. Que Deus possa acolher em Sua misericórdia a alma do ilustre falecido e dar paz à Terra Santa [...]".

O fato do mais proeminente guia espiritual do mundo mostrar-se solidário à família de Arafat, ao invés de se solidarizar com os milhares de homens, mulheres e crianças que morreram como suas vítimas, é um assombroso sacrilégio. É algo totalmente desprezível que o mais influente líder religioso vivo possa descrever a morte de um tirano como um "momento de profundo pesar" e chame um homem que cometeu assassinatos em massa de uma alma "ilustre". O fato do [pretenso] Vigário de Cristo na terra afirmar que um homem que roubou milhões de sua nação empobrecida e desesperada "amava seu povo" é uma afronta a tudo o que Jesus representou, principalmente a sua dedicação aos oprimidos, aos pobres e aos perseguidos.

Ao fazer essas declarações deploráveis, o papa João Paulo II... infelizmente mostrou que está seguindo os passos pecaminosos de um de seus predecessores, o imoral Pio XII, um covarde colaborador dos nazistas que demonstrou uma indiferença quase insensível em relação ao valor da vida humana e nunca teve coragem de condenar o Holocausto nazista. Assim como João Paulo, que se encontrou com Arafat diversas vezes, Pio XII concedeu uma audiência secreta, em 1943, ao general Wolff, Comandante Supremo das SS, que tinha sido chefe de gabinete de Himmler e naquela época estava encarregado de todo o aparato de perseguição aos judeus e católicos na Itália ocupada. Com certeza, Pio XII sabia que estava fazendo uma coisa que os outros achariam escandalosa e imoral, pois a audiência foi concedida em segredo e Wolff chegou disfarçado. Anos mais tarde, Wolff declarou sobre aquela reunião: "Pelas palavras do papa, pude perceber que a afinidade que ele demonstrava era sincera e que ele amava muito o povo alemão".

Em 16 de outubro de 1943, o papa Pio XII ficou literalmente observando enquanto, a menos de 100 metros da janela de seu gabinete, os soldados das SS capturavam mais de mil judeus de Roma para levá-los a Auschwitz, onde a maioria morreu nas câmaras de gás alguns dias depois. João Paulo II agora está pensando em beatificar Pio XII, um ato que mancharia a igreja para sempre e seria um pecado contra a humanidade. Isso, por si só, já é bastante perturbador. Mas seguir o mesmo caminho de Pio XII, associando-se com assassinos é algo absolutamente repugnante. Admiro esse papa há muito tempo por sua devoção aos pobres do Terceiro Mundo. Mas por que ele, de repente, daria as costas a todos aqueles que foram feitos em pedaços pelos homens-bomba de Arafat ao longo de seus 40 anos de carreira? É irônico que apenas um líder mundial tenha demonstrado verdadeira integridade e coragem suficiente para condenar Arafat por seus atos. Esse homem não é sacerdote nem líder religioso – é o primeiro-ministro australiano John Howard, que atacou Arafat duramente, afirmando que ele era um homem que "a história julgaria com extremo rigor". Como é irônico que o papa tenha que aprender uma lição de integridade da Austrália. (rabino Shmuley Boteach, www.wnd.com - http://www.beth-shalom.com.br)

O rabino Shmuley Boteach tem um programa de rádio diário na Liberty Broadcasting Network e foi considerado um dos cem mais importantes radialistas dos Estados Unidos pela revista Talkers.

Publicado anteriormente na revista Notícias de Israel, dezembro de 2004.

Continua tudo na mesma?

O discurso inflamado de Suha Arafat contra os líderes da Autoridade Palestina (AP) e herdeiros de Yasser Arafat [enquanto ele estava hospitalizado na França] foi esclarecedor em muitos aspectos. Num nível básico, as declarações de Suha revelaram muito acerca da natureza da AP e da OLP, duas organizações fundadas e lideradas pelo seu marido. A mulher de Arafat, que vivia separada dele praticamente desde que se casaram, partiu para o confronto. O motivo de todo aquele barulho era o espólio ilícito que Arafat amealhou ao longo dos anos – dinheiro que ele conseguiu ludibriando a comunidade internacional para obter auxílio, e extorquindo os palestinos na Judéia, Samaria, Gaza e em todo o mundo árabe. Ela queria o dinheiro – algo em torno de 6,5 bilhões de dólares – e não iria permitir que seu maridinho com morte cerebral fosse desligado dos tubos até consegui-lo.

Do outro lado, toda a hierarquia de asseclas de Arafat, desde Mahmoud Abbas e Ahmed Qorei, passando por Saeb Erekat e dele para baixo, começou a protestar. O dinheiro, diziam eles, pertence ao povo palestino e, portanto, quem deveria receber os códigos das contas bancárias numeradas onde Arafat o tinha depositado (depois de roubá-lo do povo palestino – o que eles não diziam) eram eles, e não Suha.

Tudo isso revelou que a estrutura construída por Arafat, além de ser a mais rica organização terrorista do mundo, é um sindicato do crime.



Suha Arafat.




É importante saber disso porque, embora Arafat e a OLP tenham sido enaltecidos pela Europa e pela esquerda internacional durante décadas como revolucionários, no fim das contas vê-se que eles realmente eram – e ainda são – um bando de ladrões. Obviamente, nós sempre soubemos disso. Durante as negociações com a OLP, na tempestuosa década de noventa, o único momento em que os negociadores palestinos realmente perderam a linha foi quando se falou na questão do dinheiro.

Quando Israel tentou impedir que Mohammed Rashid, o encarregado da lavagem do dinheiro de Arafat, tivesse o controle da receita proveniente dos impostos sobre combustíveis e cigarros [vendidos nos territórios da AP], ele perdeu a compostura e ficou furioso. No meio das negociações, Rashid (que tinha a confiança de Arafat porque, sendo de etnia curda, não teria condições de construir sua própria base de poder dentro da OLP) levantou-se e arremessou uma cadeira por cima da mesa de negociações. Ao mesmo tempo, ele acusou a jovem negociadora israelense (eu) de insultar a honra do povo palestino ao mencionar que o dinheiro dos impostos não deveria ir para a conta secreta de Arafat no Banco Leumi, em Tel Aviv, e sim para o Ministério das Finanças Palestino. Rashid, assim como Qorei, Abbas, Mohammed Dahlan, Jamil Tarifi, Nabil Shaath, Jibril Rajoub e outros, deixou claro para seus "parceiros da paz" que o que ele realmente precisava era do controle dos recursos financeiros. Isso, diziam todos eles, garantiria a manutenção da estabilidade nos territórios palestinos.

De sua parte, os negociadores israelenses, assim como seus parceiros americanos, tratavam seus corruptos amigos palestinos de forma paternalista. Eles achavam que a corrupção palestina era boa para Israel. O raciocínio era este: enquanto os senhores da guerra continuassem bem alimentados, a lei e a ordem nos territórios estaria garantida – pelo menos até o ponto de evitar que israelenses fossem mortos.

Como a OLP era o suposto parceiro de Israel no processo de paz, ninguém esboçou qualquer reação quando ela anunciou, e rapidamente pôs em prática, sua política de executar todo palestino que tivesse cooperado com as forças de segurança israelenses. Israel também não fez nada além de emitir protestos inexpressivos, quando, em sua primeira atuação, a AP anunciou a "promulgação" de uma "lei" pela qual qualquer palestino que vendesse terras a judeus seria morto.

Afinal, para que os israelenses precisariam de palestinos moderados e pacíficos, que durante anos tinham arriscado seu pescoço para ajudar Israel, se agora eles tinham a OLP? Por que Israel deveria se preocupar com esses "colaboradores", se tinha no bolso Arafat e seus lugares-tenentes, reconhecidos por todos como os "únicos representantes legítimos do povo palestino"?

O problema com esse plano também foi revelado no acesso de fúria que Suha teve diante das câmeras. Ela declarou que todos os homens de Arafat estavam tentando enterrá-lo vivo (um golpe magistral, visto que ele já estava morto; mas deixe prá lá). De repente, todos eles protestaram contra as declarações de Suha e reafirmaram sua lealdade à trajetória e ao legado político de Arafat, insistindo em dizer que jamais sonhariam em tomar o lugar dele.

Quando o Hamas e a Jihad Islâmica avisaram que não iriam tolerar que os assessores de Arafat lhes dissessem o que fazer, eles estavam fazendo, basicamente, a mesma declaração da estridente Suha. Arafat, afirmavam eles, tinha legitimidade diante de suas organizações por causa de sua importância como "símbolo" do povo palestino. Como nenhum dos camaradas de Arafat foi elevado ao nível de "símbolo", eles não têm nenhum motivo para dar ouvidos a eles nem de aceitar sua liderança. Assim, todos os homens fortes de Arafat na OLP tiveram novamente que se desdobrar em explicações de que o legado de Arafat é também o deles e de que eles nunca se afastariam dos rumos que ele traçou.




Ahmed Qorei (à esquerda).




E aqui está o xis da questão. Os homens de Arafat – Qorei, Abbas, Farouk Kadoumi e até mesmo líderes árabe-israelenses como Ahmed Tibi, membro do Knesset (parlamento de Israel) – devem suas posições no mundo ao fato de fazerem parte do reino de Arafat. Não foi só Arafat que Israel, insanamente, trouxe para dentro da Judéia, Samaria e Gaza (e Israel) em 1994 – com ele veio todo o regime terrorista e corrupto da OLP. Embora a morte de Arafat tenha sido finalmente anunciada, seu reino permanece intacto.

Durante semanas [após o falecimento de Arafat], as autoridades, especialistas e políticos de Israel e do resto do mundo têm falado, naquele seu jeito vazio e ridículo de sempre, sobre Israel aproveitar a oportunidade da morte de Arafat para fortalecer os elementos "reformistas" que existem dentro da AP. Essa manobra não tem a menor chance de dar certo. Em primeiro lugar, não existem elementos "reformistas" na AP. Além disso, qualquer pessoa da AP que ousasse falar em fazer mudanças no modo como as coisas têm sido conduzidas até agora seria imediatamente atacada, ou morta, por se atrever a questionar o legado de Arafat.

Basta ver o que aconteceu com Nabil Amr, membro da OLP e ex-ministro da propaganda da AP, que ousou atacar Arafat, denunciando a corrupção na OLP. Ele levou um tiro na perna e está sendo preparado para receber uma prótese na Europa. E isso aconteceu enquanto Arafat ainda estava no cargo. Imagine o que não aconteceria agora que o "Presidente Martirizado" finalmente foi enterrado.

Se Abbas ou Qorei – os favoritos de Jerusalém e de Washington para herdar o leme de Arafat – tentarem costurar um acordo com Israel ou tomar qualquer atitude contra as milícias da OLP, do Hamas, da Fatah ou da Jihad Islâmica, eles serão imediatamente mortos. Não que eles tenham qualquer intenção de refrear ou desarmar os terroristas. Eles permanecem do lado dos terroristas porque também são, e sempre foram, terroristas. Foi assim que conseguiram ocupar e manter suas posições durante todo esse tempo ao lado de Arafat.

A questão é que, se não houver uma mudança de regime na sociedade palestina, o legado de Arafat sobreviverá. E, como bem demonstraram os gritos de Suha, esse legado diz respeito tanto ao crime quanto ao terrorismo. No aspecto do crime, temos a divisão do dinheiro roubado entre os chefes dos ladrões. Se alguém acha que esses homens vão, de repente, tornar-se honestos, está querendo enganar a si mesmo.

Quanto ao aspecto do terror, temos a herança da assim chamada "luta armada" contra Israel. Mesmo depois do funeral de Arafat, o objetivo dessa luta permanecerá exatamente igual ao que sempre foi: não o estabelecimento de um Estado palestino pacífico fronteiriço a Israel, mas a destruição do Estado judeu.

Se não acontecer nada de novo, não podemos esperar nenhuma mudança agora que Arafat está morto e enterrado. Os iluminados esquerdistas defensores da "paz" já começaram a incitar o governo de Israel para que ajude nossos inimigos palestinos como Abbas e Qorei – e ignore nossos amigos palestinos que praticamente já não existem mais, porque, diante de tantos que foram mortos, os que ainda estão vivos têm medo de mostrar a cara.

O primeiro-ministro Ariel Sharon, que nos últimos três anos e meio adotou uma política de aviltar Arafat mas deixar seu regime intocado, provavelmente continuará em seu curso devastador. Os europeus, juntamente com o [demissionário] secretário de Estado americano Colin Powell, estão dizendo que, com Arafat fora de cena, não há mais divergências entre a administração Bush, o Palácio do Eliseu e o número 10 da Downing Street em Londres, no que se refere à questão palestina.

Há apenas um fraco lampejo de esperança nisso tudo. E ele vem de Washington. Em sua primeira conferência com a imprensa após a reeleição, o presidente americano George W. Bush não se referiu ao "Mapa do Caminho", e sim a um discurso que proferiu em 24 de junho de 2002, como sendo a base de sua política para o Oriente Médio. Nesse discurso, Bush afirmou: "Conclamo o povo palestino a eleger novos líderes; líderes que não estejam comprometidos com o terrorismo. Rogo-lhes que construam uma verdadeira democracia, baseada na tolerância e na liberdade".

O presidente continuou seu discurso pedindo que haja transparência econômica e que seja dado um basta à corrupção oficial na AP. Se Bush pretende manter esse discurso agora que Arafat está morto, então, pela primeira vez, existe uma chance de que as coisas mudem por aqui, desde que a esquerda israelense não acabe estragando tudo. Porém, a única maneira desse plano dar certo é se houver uma verdadeira mudança no regime palestino e se a OLP se juntar a Arafat no túmulo. (Caroline B. Glick, www.jpost.com - http://www.beth-shalom.com.br)

Caroline B. Glick é vice-editora do jornal Jerusalem Post e analista-chefe de questões do Oriente Médio no Center For Security Policy (Centro de Política de Segurança) em Washington/DC (EUA).

Publicado anteriormente na revista Notícias de Israel, dezembro de 2004.

O conflito no Líbano e em Gaza

O Norte de Israel é um paraíso para quem está de férias. Desde trilhas para andar, rios para nadar, hotéis luxuosos para deleitar-se, lugares místicos para buscar inspiração, há alguma coisa para todo mundo. Por esse motivo, na semana passada, quando tirei minhas primeiras férias em quatro anos, coloquei-me a caminho do norte.

Quando o Hizb'allah (Partido de Alá) atacou uma patrulha das Forças de Defesa de Israel (FDI) na fronteira libanesa, na quarta-feira pela manhã, abrindo assim sua mais nova rodada de guerra, eu estava na fortaleza de Megido, olhando as ruínas de civilizações e suas guerras por esta terra, voltando 5.000 anos atrás. Na quinta-feira fui a Nahariya, andando por um campo de batalha da guerra atual: a rua onde duas horas antes Monica Seidman foi morta por um [foguete] Katyusha, quando estava sentada em sua varanda, tomando seu café da manhã.

Depois que deixei Nahariya, com seus residentes acotovelados em abrigos antibomba e vãos de escadas de prédios de apartamentos, avancei para o oeste, ao longo da estrada da fronteira para Kiryat Shmona. Na medida em que dirigia ao longo da estrada vazia, bonita e montanhosa e olhava atentamente para a fumaça de foguetes subindo violentamente de Mt. Meron, Safed e Rosh Pinna abaixo de mim, comentaristas no rádio continuavam a perguntar, “Por que o Hizb'allah está atacando Israel agora?” Ex-generais falavam da necessidade de Israel restaurar nossa intimidação contra o Hizb'allah.


Um míssil do Hizb’allah matou o motorista desse automóvel em Haifa.

Por seis anos, desde que Ehud Barak se rendeu às demandas da extrema-esquerda israelense, financiada pela União Européia (UE), e retirou as tropas das FDI do Sul do Líbano em maio de 2000, Israel não interferiu e não fez nada para impedir que o Hizb'allah construísse seu maciço arsenal de foguetes e mísseis. As FDI não fizeram nada quando o Irã efetivamente estabeleceu suas operações em toda a extensão da fronteira.

Durante todo o dia, na quinta-feira, as estações de rádio libanesas tocaram marchas militares. Locutores fizeram repetidas declarações evocando Alá, o Líbano, os mujahadin (guerreiros) e a jihad (guerra santa islâmica). Claramente, eles estavam excitados com o fato de que a longa e esperada guerra havia começado.

Por seis anos Israel foi intimidado pelo Hizb'allah. O conhecimento de que esse representante do Irã tem mísseis capazes de atingir Haifa e Hadera foi suficiente para convencer três governos sucessivos a ignorar ou apaziguar repetidas provocações do Hizb'allah, rezando, ao mesmo tempo, para que o Hizb'allah esperasse pelo próximo governo para começar sua guerra.

Agora que o Hizb'allah começou a guerra, ele pode ser impedido de continuar a atacar Israel? O que Israel pode fazer agora, na medida em que um milhão de israelenses mora em áreas que estão sob ataque?


Uma idosa é retirada de sua casa em Haifa depois de um ataque com mísseis do Hizb’allah.

O Hizb'allah atacou na semana passada porque o Irã lhe ordenou que atacasse. Imediatamente após a delegação iraniana ter rejeitado a oferta européia-americana de todos os tipos de compensações em troca de uma suspensão de suas atividades de enriquecimento de urânio, eles voaram para Damasco e deram ao Hizb'allah suas ordens para marchar.

O Hizb'allah está sempre pronto a atacar Israel. É para isso que ele existe. Como seu líder, Hassan Nasrallah, deixa claro todo dia, o Hizb'allah vê a destruição de Israel como a batalha central na jihad global. E jihad é tudo que interessa ao Hizb'allah.

Nesse ponto, o Hizb'allah não é diferente do Hamas. O Hamas (como também a Fatah), se define por seu propósito de destruir Israel e conquistar Jerusalém em nome da jihad. Tanto o Hamas quanto a Fatah têm usado todos os seus recursos para construir seus poderios político, social e militar para lutar contra Israel.


Manifestação anti-israelense em Londres. O cartaz sobre o carrinho dos bebês diz: “Somos todos Hizb’allah”.

Exatamente porque esses grupos existem somente para destruir Israel e fazer avançar a causa da jihad global, eles não podem ser detidos por intimidação. Eles não têm outro interesse além da guerra e não há nada que eles não estejam dispostos a sacrificar para ganhar. Como eles não podem ser intimidados, a única coisa que Israel pode fazer é destruir sua capacidade de lutar, aniquilando seu poderio militar.

Embora seja impossível deter o Hizb'allah, existem partes envolvidas no presente conflito que podem ser intimidadas. Especificamente, autoridades israelenses têm acertadamente apontado para os governos do Líbano e da Síria como facilitadores centrais do Hizb'allah. Embora os dois governos sejam também comandados pelo Irã, diferentemente do Hamas e do Hizb'allah, eles têm outros interesses além da destruição de Israel e, portanto, eles podem ser intimidados. Até a presente data, como o Líbano é mais fraco do que o Hizb'allah, o Irã e a Síria, sucessivos governos libaneses têm cooperado com o Hizb'allah, em vez de combatê-lo.

O exército libanês não pode desarmar o Hizb'allah. Ele pode, entretanto, ser coagido a não ajudar o Hizb'allah. Se Israel for capaz de assegurar com credibilidade aos libaneses que as tropas das FDI não terminarão suas operações no Líbano até que o Hizb'allah seja totalmente destruído como força combatente, então pode persuadir o governo libanês a ficar fora do conflito e a posicionar seu exército ao longo da fronteira com Israel depois que a luta tiver acabado.

A Síria também tem interesses não relacionados com Israel. Bashar Assad (o presidente sírio) quer manter o poder em suas mãos. Israel pode enfraquecer a ligação da Síria com o Irã, ameaçando seu regime. Em primeira instância, poderia ser necessário alvejar a sede do Hamas e a casa do chefe do Hamas, Khaled Mashal, em Damasco.


Manifestação contra Israel em Nova York. Observe o cartaz que diz: “O islã dominará!” (com a bandeira do islã sobre a Casa Branca).

Atingindo o Hamas na Síria, Israel estaria deixando claro que não existem fronteiras nacionais sagradas para Estados que patrocinam o terrorismo. Se atacar o Hamas em Damasco não for suficiente para fazer Assad recalibrar seus interesses nacionais, então Israel poderia atacar a sede da polícia secreta do regime, bem como a base de mísseis Scud da Síria e seus arsenais de armas químicas e biológicas.

Destruindo o Hizb'allah e removendo seus Estados-Clientes para longe, Israel estaria desferindo um sério golpe no Irã, que está dirigindo toda a violência no Líbano e em Gaza, bem como na Judéia, em Samaria e no Iraque. O Irã transformou a destruição de Israel na plataforma central de sua agenda porque atacando os odiados judeus, ele ascenderia com sucesso à estatura de líder do mundo muçulmano. Comandando a guerra contra Israel, o Irã se tornaria imune a ataques de países árabes, como Arábia Saudita e Egito. Estes, embora fazendo objeções ao fato do Irã apoderar-se do poder, não podem condenar uma agressão contra o mesmo Estado de Israel que eles doutrinaram seus povos a desprezar.

A guerra por procuração do Irã contra Israel segue a mesma estratégia que sua guerra por procuração contra os Estados Unidos no Iraque. Em ambos os casos seu objetivo é derrotar seus inimigos através de uma prolongada guerra de desgaste que vencerá a vontade dos povos israelense e americano de lutar até a vitória.


O cartaz do manifestante islâmico em Nova York diz: “Alá destruirá o Estado de Israel terrorista”.

Dados os diversos interesses de todas as partes envolvidas na atual guerra contra Israel, o governo Olmert definiu corretamente os objetivos de Israel de destruir o Hizb'allah enquanto força combatente e compelir o exército libanês a se colocar ao longo da fronteira com Israel depois que o Hizb'allah for afugentado. Mas, será que o governo Olmert é capaz de atingir seus objetivos declarados? [...]

Como minhas férias interrompidas provaram, retirando-se do Líbano e de Gaza, Israel efetivamente entregou a iniciativa de empreender a guerra a seus inimigos. Os israelenses não controlam mais quando a guerra vem a nós. É, portanto, imperativo que o governo Olmert entenda que bater em retirada não é uma opção. De outro modo, quer no trabalho ou no lazer, em casa ou na cidade, seremos todos alvos fáceis como patinhos sentados. (Caroline Glick – publicado originalmente no Jerusalem Post – extraído de www.deolhonamidia.org.br - http://www.beth-shalom.com.br)

Publicado anteriormente na revista Notícias de Israel, agosto de 2006.

O ódio a Israel é transmitido junto com o leite materno

Os acontecimentos no Oriente Médio continuam sendo avaliados com dois pesos e duas medidas. Na mídia, os palestinos são os "bons" e os israelenses são os "maus".



Quando sepultam seus mortos, os israelenses choram silenciosamente ao lado dos túmulos.




Eitan Ronel, ex-primeiro-tenente, devolveu ao Estado-Maior do exército israelense seu distintivo militar. Esse ato foi acompanhado de uma carta em que ele expressou sua amargura e desabafou: "A vida humana perdeu a dignidade e desprezamos os valores com que fomos criados. Conceitos como ‘a pureza das armas’ transformaram-se em piadas de mau gosto".

O protesto de Eitan Ronel contra a atuação do exército israelense nos territórios palestinos não foi o primeiro e nem será o último. Houve os protestos dos pilotos da reserva, dos comandos Sayeret-Matkal e de alunos das décimas-segundas séries escolares. Quatro ex-chefes do serviço secreto Shin Bet e um ex-chefe do serviço secreto Mossad também externaram suas críticas. Em primeiro lugar no ranking de protestos aparecem a organização de direitos humanos B’Tselem e o movimento pacifista Gush Shalom. A esses somam-se políticos como Beilin, Sarid e Burg, que se empenham pela paz com os palestinos e simpatizam com seus sofrimentos. Comitês avaliam como e por que mulheres e crianças palestinas foram mortas em operações das forças de segurança israelenses. Qualquer palestino pode telefonar para a Corte Suprema de Israel e reivindicar seus direitos. A mídia israelense não deixa passar o menor deslize ou a mais ínfima injustiça das autoridades. Muitos colunistas israelenses identificam-se profundamente com os palestinos.

Entretanto, eu gostaria de saber por que não há ninguém do lado palestino gritando contra a política de ódio e derramamento de sangue da Autoridade Palestina (AP). Onde está o B’Tselem palestino? Onde estão os palestinos que se insubordinam e se recusam a pegar em armas e se opõem à matança de mulheres e crianças israelenses? Como é possível que em Israel todo mundo clama por inquéritos e investigações imediatas quando civis palestinos são mortos em operações militares, enquanto os terroristas-suicidas palestinos não demonstram escrúpulos ao entrarem em ônibus cheios de crianças ou em restaurantes lotados para explodirem a si mesmos, sabendo que levarão muitos para a morte? Eles, porém, não são criticados. Pelo contrário, suas famílias são tratadas com respeito, cobertas de regalias e passam a receber pensões.



Os palestinos fazem de cada enterro uma ruidosa demonstração de ódio e de incitação contra Israel.




Enquanto os israelenses discutem apaixonadamente sobre as opções para acabar com o conflito, o governo palestino conhece somente uma única forma de agir, e essa sempre começa e termina com o uso da violência. Os palestinos sorvem o ódio por Israel juntamente com o leite materno. Desde a mais tenra idade eles aprendem que os judeus devem morrer. Obviamente, seus livros escolares não contam que seus direitos foram subtraídos pelas nações árabes que, ao atacarem Israel em 1948, invadiram os territórios que o Plano de Partilha da ONU destinara aos palestinos. Ninguém lhes diz que os palestinos foram libertos da ocupação árabe somente em 1967 – através de Israel! Para os palestinos é mais fácil defender a criação de um Estado independente agora, vivendo sob controle israelense, do que foi sob domínio jordaniano e egípcio.

Sempre que chega um importante momento histórico – como o dos acordos de Oslo ou da iniciativa Clinton-Barak – os palestinos começam uma série de atentados suicidas nos maiores centros populacionais israelenses. Eles já ultrapassaram todos os limites e, por isso, empurraram para o radicalismo a muitos judeus que eram ativistas pela paz. Mas enquanto os israelenses se preocupam, questionando-se constantemente se não foram longe demais ou se não deveriam amenizar a repressão ao terrorismo, os palestinos nunca demonstraram o menor sinal de remorso pelos seus ataques suicidas, seja qual for sua crueldade ou a extensão dos danos que causaram.

Não é a AP que detém o controle sobre o Hamas – é o Hamas que dita as regras. Mundos separam o povo israelense do palestino, mesmo em tempos de dor e de luto. Quando sepultam seus mortos, os israelenses choram silenciosamente ao lado dos túmulos. Os palestinos fazem de cada enterro uma ruidosa demonstração de ódio e de incitação contra Israel. A sociedade israelense encontra-se em constante e ferrenha discussão interna e o governo é criticado por não fazer o suficiente para acabar com o conflito com os palestinos. Não se vê nada disso nos territórios da AP.

Antes da intifada houve indícios de que era possível uma coexistência: dezenas de milhares de israelenses dirigiam-se aos territórios palestinos para fazer tratamento dentário, para consertar seus carros e para comprar mantimentos. Centenas de milhares de palestinos trabalhavam legalmente em Israel. Hoje, os únicos contatos acontecem sob a mira de uma arma nos pontos de controle do exército, através de helicópteros de combate, de mísseis Kassam e de cinturões de explosivos. As retaliações do exército israelense nos territórios palestinos podem parecer brutais, mas em Israel há pessoas que, sinceramente, sentem pena dos palestinos e seu amargo destino. Raiva e compaixão se mesclam em muitos corações. Enquanto isso, nos territórios palestinos, a raiva se funde com o ódio. Em Israel a esperança de paz continua existindo, mesmo que esteja escondida sob a superfície. O ódio dos palestinos é totalmente cego. Em Israel existe apoio ao Mapa do Caminho, idealizado pelo presidente americano, que propõe dar um Estado próprio aos palestinos. Estes, porém, negam-se a fazer a única coisa que lhes abriria as portas: destruir as redes de terrorismo. O ex-primeiro-ministro Abu Mazen (Mahmud Abbas) foi enxotado. E Abu Ala (Ahmed Qorei) segue os ditames de Arafat, que só conhece o caminho do terrorismo.

Não é a cerca de segurança que mudará a situação em Israel. Somente a derrubada do muro de ódio que os palestinos erigiram entre os dois povos é que trará a paz para a região. (Yoel Marcus - Palestinian Media Watch - http://www.beth-shalom.com.br)

Publicado anteriormente na revista Notícias de Israel, abril de 2004.

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